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Uso de óculos de sol com proteção UV reduz os riscos de doenças oculares


Com a proximidade do verão e do recesso de férias, cresce a procura por opções de esporte e lazer ao ar livre, seja na praia, no campo ou nos parques urbanos. Por causa disso, aumenta o tempo de exposição ao sol e aos raios ultravioleta (UV). A maioria da população adere ao protetor solar por compreender os danos à saúde da pele. No entanto, o mesmo cuidado não se aplica adequadamente aos olhos. 

Conforme aponta a Associação Brasileira de Indústria Óptica, aproximadamente 30% dos óculos produzidos ou comercializados no Brasil são de origem duvidosa, de baixa qualidade e falsificados. Apesar de a venda desses produtos piratas ser considerada uma prática ilegal, são facilmente encontrados no comércio informal e em lojas não autorizadas. 

Essa relação de consumo prejudica o setor óptico e provoca danos, por vezes permanentes, na saúde ocular dos indivíduos. Entre esses problemas, é possível citar: 

  • Inflamação e/ou irritação ocular;

  • Degeneração da córnea;

  • Catarata precoce;

  • Pterígio (surgimento de uma membrana que cobre a conjuntiva e alcança a córnea); 

  • Fotofobia;

  • Carcinoma (tumores malignos na camada superficial do olho);

  • Perda gradativa da visão;

  • Queimadura de retina;

  • Entre outros. 

Além de não serem seguros para os olhos e não possuírem filtros que protegem contra os raios UV, os produtos falsos potencializam a nocividade da incidência solar. 

Óculos de sol e visão protegida 

Ainda quando são utilizados como acessórios de moda, os óculos, principalmente os solares, precisam garantir a segurança da visão. Inclusive, a fabricação deve cumprir as exigências e normas técnicas vigentes estabelecidas pela ABNT NBR 15.111, norma de 2004. Mesmo assim, são produtos que possuem data de validade. Isto é, a depender dos prazos informados pela certificação entregue no ato da compra, deve-se proceder com a substituição das lentes. 

A troca após o vencimento é fundamental, pois garante que o filtro ultravioleta funcione. Sabendo que o nível de proteção precisa estar entre 290 e 400 nm (nanômetros), o tempo estipulado de eficiência e a quantidade de ranhuras na película são indicativos que não devem ser negligenciados. Em caso de dúvidas, a recomendação é realizar uma avaliação com um profissional especializado. 

Modelos mais indicados

Além da proteção contra os raios ultravioleta, o tamanho da armação e até mesmo a cor das lentes também influenciam no fator de proteção à saúde visual. Modelos de tamanho reduzido nas hastes superior e inferior facilitam a entrada de raios solares e reduzem parte do fator protetivo. Versões maiores, como de aviador, esportivo e wayfarer, por exemplo, cobrem melhor a região dos olhos e são mais apropriadas para os dias quentes.

Já as cores se associam à redução de riscos e ao conforto visual, uma vez que a visão muda conforme a variação da iluminação ambiente. Logo, há a sugestão de, ao dirigir na cidade ou rodovia, preferir uma lente marrom ou cinza do que preta, em razão de essa opção causar desconforto na retina quando utilizada em ambientes fechados. As azuis, amarelas, verdes e rosas performam melhor durante a prática de exercícios físicos nos locais de área verde. 

Ainda, pessoas com comorbidades, fotossensibilidade ou condições oculares específicas se beneficiam com a tecnologia das lentes polarizadas. Diante das inúmeras possibilidades e combinações disponíveis no mercado oftalmológico, é importante contar com a orientação de um profissional graduado na faculdade de optometria para acertar na escolha dos óculos de sol. Assim, pode-se curtir o verão, na plenitude do calor e dos dias de sol, com segurança.

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