A prática do veganismo tem se tornado cada vez mais recorrente e popular no Brasil. Apesar disso, ainda existem lacunas no conhecimento sob...
A prática do veganismo tem se tornado cada vez mais recorrente e popular no Brasil. Apesar disso, ainda existem lacunas no conhecimento sobre a complexidade e abrangência da filosofia no meio social. Essa condição contribui para percepções equivocadas como a confusão do movimento vegano com uma simples dieta alimentar e, até mesmo, comentários sobre a impossibilidade de aplicar os conceitos do manifesto no cotidiano.
Mas a realidade apresenta registros de diversos avanços, sobretudo técnicos e científicos, incentivados pelos questionamentos do veganismo. Desde a formação do movimento, na década de 1940, institucionalizado através da Vegan Society, as provocações e preocupações despertadas por esse estilo de vida impactam pessoas de diferentes classes sociais e, consequentemente, o mercado e a indústria.
Evidentemente o setor comercial que mais repercutiu propostas e inovações que excluem a exploração animal foi o ligado à alimentação. Mesmo com produtos ultraprocessados, as mercadorias atraíram um público ansioso por alternativas mais saudáveis. Desse modo, artigos como leite de amêndoas, tofu, hambúrguer de soja, coxinha de jaca e outras opções de origem vegetal ganharam espaço e entraram em lares com pessoas não-veganas.
Política e estilo de vida
Enquanto filosofia, o veganismo provoca o despertar da consciência sobre os malefícios associados a uma lógica de produção e consumo baseada nas ações que levam os animais a quaisquer situações de sofrimento ou prejuízo. Em razão disso, a decisão de se tornar ou não vegano atravessa profundas reflexões que, posteriormente, orientam desde a escolha do que vestir até como tratar um resfriado.
Moda
Além das peças de pêlo originais, consideradas artigos de luxo no mundo moderno, existem outros tecidos de origem animal que, por definitivo, não são utilizados por quem é vegan. São eles o cetim, couro, seda, lã e seus derivados. Cada um possui um nível de exploração distinto que por vezes envolve a reprodução forçada de espécies, confinamento e demais violências.
Lazer
Eventos sociais e tradicionais que envolvem a apresentação ou dominação de animais são excluídos da agenda de todos os veganos. Cavalgadas, rodeios, passeios em zoológicos, esportes a cavalo e demais “desportos” de caça e pesca são modalidades de entretenimento que passaram a ser alvo de críticas de ativistas engajados.
Medicamentos
A leitura do rótulo dos produtos adquiridos é obrigatória, especialmente para veganos. Quando o assunto se refere aos fármacos, a complexidade inspira polêmica e debates. No entanto, tem-se definido a recusa e exclusão de alguns ingredientes comumente utilizados na área da saúde como o mel, cápsulas gelatinosas e goma de mascar.
Cosméticos
O segmento de cuidados pessoais e beleza ostenta a melhor performance em inovação e cultura vegana. Gigantes do mercado estão investindo em tecnologia para substituir os testes em animais, introduzir novas matérias-primas e implantar a sustentabilidade em toda a escala produtiva. Um dos exemplos mais bem-sucedidos do setor é o shampoo em barra vegano, feito com ingredientes naturais, com alta durabilidade e baixo impacto ambiental.
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