Apartamentos de dois dormitórios dominaram as vendas de imóveis usados na capital paulista no início deste ano. Segundo levantamento reali...
Apartamentos de dois dormitórios dominaram as vendas de imóveis usados na capital paulista no início deste ano. Segundo levantamento realizado pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Crecisp) com 289 imobiliárias da cidade, essa configuração representou 43,8% de todas as negociações de apartamentos realizadas em janeiro, sendo a opção preferida dos compradores na região.
A pesquisa mostra que os apartamentos foram responsáveis por 81% de todas as vendas de imóveis usados na capital, enquanto as casas representaram 19%. Entre os apartamentos comercializados, a distribuição por número de dormitórios mostrou a preferência pelas unidades de dois quartos, seguidas pelos apartamentos de um dormitório (27,1%) e três dormitórios (22,9%).
O mercado de apartamento em leilão São Paulo também tem acompanhado essa tendência, com aumento da procura por unidades de dois dormitórios entre investidores.
Perfil dos imóveis mais procurados
A análise dos dados do Crecisp indica que 66,7% dos apartamentos vendidos tinham área útil de até 50 metros quadrados. Essa preferência por metragens menores está alinhada com a informação de que apartamentos de dois quartos em São Paulo, geralmente, variam entre 45m² a 80m².
O aumento da oferta de unidades compactas não é coincidência: reflete a demanda dos consumidores por imóveis funcionais e mais acessíveis. Conforme dados da pesquisa, 31,7% dos imóveis vendidos ficaram na faixa de preço entre R$ 200 mil e R$ 300 mil.
Formas de pagamento e financiamento
O financiamento bancário permanece como principal meio de aquisição. A pesquisa do Crecisp mostra que 70% das transações foram realizadas através de crédito bancário, sendo 38% via CAIXA e 32% por outros bancos. As compras à vista representaram 17% das transações, enquanto o parcelamento direto com proprietários ficou em 12%.
De acordo com o presidente da Crecisp, José Augusto Viana Neto, “o acesso ao crédito é fundamental para o crescimento do setor e a geração de empregos e renda”. O dado chama ainda mais atenção quando se considera que, mesmo com juros altos, o financiamento continua sendo a escolha número um dos paulistanos.
Para aqueles que buscam economizar, os imóveis em leilão têm se mostrado uma alternativa. De acordo com o JusBrasil, a modalidade oferece valores até 60% mais baratos do que o mercado tradicional.
Distribuição geográfica e contexto de mercado
A periferia da capital conquistou 40,4% das preferências dos compradores, seguida pelas regiões nobres (33%) e centrais (26,6%). Essa distribuição geográfica reflete tanto questões de acessibilidade financeira, quanto de disponibilidade de estoque na configuração de dois dormitórios.
Janeiro tradicionalmente representa um período de menor movimentação no mercado imobiliário paulistano. Segundo Viana Neto, isso ocorre devido a diversos fatores: “muitas pessoas estão voltadas para as festas de final de ano, férias escolares e despesas extras, o que pode reduzir a disposição para realizar transações imobiliárias”. A pesquisa confirma essa tendência, registrando queda de 43,98% nas vendas em relação a dezembro de 2024.
Vantagens da configuração de dois quartos
Para profissionais do ramo, a popularidade dos apartamentos de dois dormitórios na capital deriva de sua versatilidade funcional. Essa distribuição permite diferentes usos para o segundo ambiente: escritório residencial, quarto de hóspedes ou espaço para hobbies, atendendo demandas variadas sem comprometer o orçamento familiar.
Modalidades alternativas de aquisição, como comprar imóveis em leilão pelo Santander, também têm atraído clientes interessados nessa configuração, especialmente quando se trata de unidades bem localizadas com potencial de rentabilidade.
A tendência observada pelos dados do Crecisp sugere que os apartamentos de dois quartos manterão sua posição de destaque no segmento paulistano, combinando praticidade, flexibilidade e acessibilidade financeira em uma cidade, refletindo uma tendência nacional, onde essas características se tornaram determinantes para a decisão de compra.
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