A chegada da terceira idade é uma fase repleta de redescobertas, quando é preciso aprender a lidar com as mudanças que atingem o organismo. Para os homens, os cabelos começam a embranquecer, a força muscular já não é mais a mesma, os pelos do corpo e do rosto começam a ficar mais finos e a produção de testosterona desacelera, o que pode dificultar a ereção. Apesar disso, a vida sexual pode seguir ativa e saudável.
Conforme levantamento da Universidade de Michigan, 46% dos entrevistados com idades entre 65 e 70 anos afirmaram ser sexualmente ativos. No entanto, a sexualidade ainda pode ser um tema delicado nesta fase da vida, sobretudo, para os homens, que costumam ter mais dificuldade de conversar sobre o assunto. Dessa forma, podem surgir dúvidas que, quando não esclarecidas corretamente, impactam a qualidade de vida.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de pessoas com idade superior a 60 anos chegará a 2 bilhões até 2050, o que será correspondente a um quinto da população mundial. Para essas pessoas, ter uma vida sexual ativa é um aspecto importante para a manutenção da saúde.
Em entrevista para a imprensa, o cardiologista Gabriel Elias Peñaranda explicou que idosos que são sexualmente ativos podem obter ganhos na saúde física e mental. Entretanto, o assunto ainda é um tabu para os homens acima dos 60 anos.
Questões relacionadas ao desempenho sexual e à ejaculação costumam ser frequentes, mas devem ser esclarecidas para evitar falsas teorias e riscos à saúde.
Há como evitar disfunções eréteis?
Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), durante a terceira idade, os homens têm uma diminuição da testosterona, o que pode ocasionar casos de disfunção erétil. A condição, de acordo com o órgão, é caracterizada pela incapacidade do homem de alcançar ou manter uma ereção adequada para uma relação sexual satisfatória.
A disfunção erétil pode afetar muitos homens na terceira idade, mas a boa notícia é que ela pode ser combatida. O estudo publicado “Disfunção erétil no homem idoso” informa que, para evitar a condição, é possível recorrer aos medicamentos. No entanto, antes de usá-los, é importante buscar por recomendações médicas sobre o tipo de medicação e a dosagem.
É possível aumentar a libido?
Segundo o Ministério da Saúde, a produção desacelerada de testosterona, principal hormônio masculino, também afeta os níveis de libido. Para ajudar na situação, os homens podem recorrer aos estimulantes sexuais, que servem para quem tem problemas leves a moderados. O uso também deve ser indicado pelo médico, pois há contraindicações.
Além disso, para saber como tomar maca peruana ou outros produtos do gênero, é importante ler a bula e se atentar às orientações do fabricante.
O pênis diminui no envelhecimento?
Uma dúvida comum ao falar de envelhecimento é a preocupação em relação ao tamanho do pênis. Segundo o médico Edward Zimmerman, em entrevista à imprensa, com o passar dos anos, as pessoas perdem volume no rosto e no pescoço, o mesmo acontece com a genitália masculina.
No envelhecimento, o pênis pode perder um pouco de circunferência e comprimento. Conforme explica o urologista Julio Bissoli, o fenômeno acontece por diferentes motivos, como diminuição da elasticidade da pele, do fluxo sanguíneo e da reserva funcional.
Por que é preciso ter atenção com a próstata?
A próstata é uma região do corpo masculina que pode ter o desenvolvimento de tumores malignos que são nocivos à saúde. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Brasil, a cada 38 minutos morre um homem devido ao câncer de próstata.
A condição, segundo a SBU, pode ser desenvolvida por indivíduos de qualquer idade, mas com o passar dos anos, as chances aumentam. Por isso, é recomendado que todo homem, a partir dos 45 anos, dedique tempo para ir ao urologista e realizar o exame de toque retal.
Quais hábitos podem ajudar a melhorar a vida sexual masculina nesta fase?
Segundo a SBU e o Ministério da Saúde, todas as questões comuns na vida sexual do homem idoso podem ser minimizadas e evitadas com a inclusão de alguns hábitos simples no dia a dia. Manter uma rotina saudável é a principal recomendação dos órgãos para aqueles que querem ter a vida sexualmente ativa.
Alimentação balanceada, prática regular de atividade física, sono de qualidade, controle de estresse e diminuição do alcoolismo e tabagismo podem contribuir para uma vida sexual saudável.
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