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Entenda como o uso da tecnologia pode revolucionar a segurança pública

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Viver com segurança é um desejo e direito contemplados na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, escrita em 1789. Além disso, é algo presente na Constituição brasileira, que coloca a segurança pública como dever do Estado e responsabilidade de todos. No entanto, não é igual ao que se vê na prática do cotidiano. O Brasil é um país que sofre com números alarmantes no que diz respeito à proteção de seus cidadãos.

Com crimes que variam de violentos a pequenos furtos, as cidades demandam soluções urgentes e efetivas para que se alcance um nível aceitável de qualidade de vida. Afinal, lidar com o medo no cotidiano é algo que afeta a saúde mental das pessoas, além de infligir danos para a economia e levar descrédito para a política e para os gestores públicos como um todo.

Porém, a melhora nos índices é impensável sem investimento pesado do setor público. E uma vez que as soluções antigas parecem não surtir mais efeito, a via da tecnologia parece ser a mais promissora. Aplicada com grande sucesso em empresas e no escopo individual, o investimento em infraestruturas, munidas com tecnologia de ponta, pode ser algo que trará saídas para este problema tão grave.

Reconhecidamente, algumas tecnologias já têm seus usos bastante difundidos: radares de trânsito captam infratores com uma taxa de sucesso bastante alta, por exemplo. A ideia é justamente ampliar esse leque de tecnologias e elevar a um próximo patamar, algo mais próximo das smart cities. 

O conceito, que traduzido literalmente significa “cidade inteligente”, busca uma rede de tecnologias integradas em nuvem que se beneficia das tecnologias do 5G, da Internet das Coisas e também da Inteligência Artificial. Uma rede de câmeras de vigilância integrada com reconhecimento facial é um exemplo de algo já implantado em outros países e vem dando muito certo.

Em São Paulo, a adoção de câmeras nas vestes dos policiais reduziu em quase 90% os confrontos das equipes com o crime, somente um ano depois da sua adoção. Câmeras com reconhecimento facial instaladas no metrô da cidade, em rede com bases de dados, cruzam informações e emitem alertas em tempo real para a Polícia Militar, caso encontrem algo suspeito ou algum criminoso procurado.

Em Salvador, câmeras com reconhecimento facial conseguiram identificar vários criminosos foragidos, capturados pelas forças policiais com a ajuda deste auxílio tecnológico. A chave para tanto é o investimento. O poder público precisa injetar dinheiro para que essas soluções sejam implementadas e aprimoradas. 

No Rio, um sistema chamado de Sistema de Detecção de Disparos de Armas de Fogo é capaz de captar as ondas sonoras emitidas pelos tiros por meio de sensores de áudio e enviar alertas para as autoridades. O sistema é inteligente e pode fazer a distinção entre os tipos de estampidos, diferenciando o barulho do disparo de uma arma com o de um rojão, por exemplo.

A adoção de tecnologia de ponta ajuda também na prevenção contra crimes: uma cidade melhor vigiada inibe que delitos venham a acontecer. O uso de drones, por exemplo, permite uma visibilidade bastante panorâmica - além de risco zero para os agentes de segurança, que fazem a monitoração a distância - e é uma solução consideravelmente barata para chegar a vários pontos das cidades, mantendo-os sob constante cuidado.

No entanto, o setor público ainda esbarra em barreiras para a implantação maciça destas soluções. A primeira é o repasse de verbas, por vezes insuficiente. Outro problema é a falta de sistemas robustos que consigam armazenar o volume expressivo de dados gerados. Concomitante a isso, é necessário treinamento de pessoal para lidar com as novas tecnologias, algo nem sempre praticável.

Além disso, há o perigo que informações vazem e sejam expostas, seja por mau uso ou por falta de segurança no armazenamento dos dados. Para que isso não ocorra, é necessário que profissionais capacitados, como o tecnólogo em segurança pública, se encarreguem de tratar destas questões. Uma vez que o caminho da tecnologia é mandatório e sem volta, este é um ramo de muito potencial de crescimento para este profissional.

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