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Entenda o que é e quais são os principais tipos de amortização


No Brasil, 78,3% da população possuem alguma espécie de endividamento, segundo levantamento da CNC, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, feita pela instituição em abril de 2023, é maior do que a observada no mesmo período de 2022. 

A inadimplência – falta de pagamento da dívida, gerando atraso – atinge quase um terço das famílias brasileiras. Um dos grandes culpados pelo cenário são os juros altos, que dificultam a saída das pessoas dessa situação. No caso, 11,6% das pessoas não possuem condição alguma de pagar suas dívidas. Sem saída, buscam empréstimos que possuem a menor taxa de juros, a fim de pagar as dívidas nas quais incidem os juros mais altos, como cartão de crédito.

Uma maneira de conseguir diminuir os juros sobre as dívidas é a amortização. Na prática, é o pagamento da dívida através da antecipação das parcelas. Desta forma, quanto mais parcelas forem adiantadas, menores os juros e maior o desconto sobre elas. Geralmente, as últimas parcelas são as preferíveis para serem pagas, porque é exatamente sobre elas que os juros são mais altos.

Os juros são a remuneração que o banco ou a financeira recebe por emprestar um certo dinheiro – quanto mais alto, entende-se que o risco de reavê-lo é maior –, e a soma destes forma o saldo devedor completo. A amortização nada mais é do que a redução do tempo de empréstimo.

São dois os principais sistemas de amortização: através da Tabela SAC (Sistema de Amortização Constante) ou então da Tabela Price. No primeiro, o valor das parcelas se mantém até o final do financiamento, mas os juros começam mais altos e terminam mais baixo, pois são pós-fixados. Na Tabela Price, os juros são prefixados: a parcela se mantém a mesma do início ao fim do financiamento.

Neste segundo tipo, há menos impacto dos juros compostos, pois são pagos já de começo, mas a quantia total no final tende a ser maior. No entanto, é um sistema bastante comum no mundo todo. Já na Tabela SAC, por ser de amortização constante, o valor total decai mais rapidamente.

A fim de saber qual é a melhor maneira de reduzir a dívida, é importante entender se vale a pena pagar as parcelas do começo ou as do final do financiamento. Conhecer bem o sistema em que a dívida está correndo é a melhor maneira de se planejar. Alguns sistemas permitem que o FGTS seja usado para abater parte do valor, principalmente se for uma dívida imobiliária.

As instituições não podem se recusar a receber o valor pago pelas parcelas antecipadas. Além disso, alguns investimentos possuem mais rentabilidade e são mais proveitosos do que tentar antecipar parcelas. Para isso, é importante ter planejamento: através do uso de uma calculadora de juros compostos, é possível saber de antemão por qual sistema optar e qual o custo final de um financiamento qualquer.

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