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A vice-campeã do Big Brother Brasil (BBB) 2015, Amanda Djehdian, confirmou presença no I Simpósio Baiano de Lipedema, que acontecerá na próxima sexta-feira (3), das 13 às 19 horas, no Centro de Convenções do Hospital Mater Dei Salvador. Na ocasião, a empresária compartilhará sua experiência como paciente, já que no final de 2022, foi diagnosticada com Lipedema. Além de reunir especialistas para a difusão de informações sobre a doença, o evento será palco do lançamento das ações do Instituto Lipedema Brasil na Bahia.
Amanda conta que desde a adolescência sentia muitas dores, inchaço e cansaço nas pernas, que estavam sempre cheias de hematomas, mas “consultava os médicos e eles diziam que não era nada. Os tratamentos estéticos nunca davam resultado, nem dieta, tampouco treinos”, disse. Depois do diagnóstico e de ajustes de alimentação e treinos, ela se submeteu a uma cirurgia. “Hoje, minha qualidade de vida é outra. Não tenho mais dores nem hematomas, não sinto mais aquele peso nas pernas e me sinto muito mais confortável”, afirmou a ex-BBB.
Mesmo sem saber que tinha lipedema, desde 2020 Amanda já tinha mudado seu estilo de vida, já que passou a ter uma alimentação anti-inflamatória, sem glúten e açúcar, além de treinar diariamente e substituir as pílulas anticoncepcionais pelo Dispositivo Intrauterino (DIU) de cobre. “Todas essas mudanças com certeza contribuíram para o controle dos sintomas da doença. A mudança definitiva de estilo de vida é essencial para garantir mais qualidade de vida às mulheres com lipedema”, destacou.
Durante o I Simpósio Baiano de Lipedema, o Instituto Lipedema Brasil, referência nacional no tratamento da doença sediada em São Paulo, lançará sua filial em Salvador. O objetivo é democratizar o acesso das mulheres baianas aos melhores tratamentos para essa doença que acomete cerca de 10% das brasileiras.
De acordo com o Diretor do Instituto Lipedema Brasil, Fábio Kamamoto, ainda existem poucos médicos treinados para o tratamento de maneira adequada. Por isso, “uma das missões do Instituto é qualificar profissionais, além de oferecer às baianas um tratamento com a mesma qualidade da que temos em São Paulo, por meio da instrumentalidade do cirurgião baiano Franklin Mônaco, médico da minha extrema confiança que será o responsável pela filial em Salvador”, declarou o especialista, um dos pioneiros no tratamento cirúrgico da patologia no país.
Para o cirurgião plástico Franklin Mônaco, a ideia de trazer o Instituto Lipedema Brasil para Salvador surgiu da necessidade de encurtar a distância entre as pacientes e seu tratamento. “Muitas mulheres do nosso estado com essa patologia precisavam se deslocar muitos quilômetros para ter acesso a especialistas. É maravilhoso para a Bahia dispor do tratamento nos mesmos padrões de excelência disponíveis no Instituto em São Paulo”, afirmou. A programação completa do simpósio pode ser conferida no endereço eletrônico www.abmeducacaopermanente.org.br.
A doença - O lipedema, condição médica crônica que afeta principalmente mulheres, é caracterizada pelo acúmulo anormal de gordura em áreas específicas do corpo, tais como quadris, coxas e pernas. Muitas vezes confundido com linfedema, insuficiência venosa crônica, obesidade ou outros distúrbios de gordura, o problema costuma ser subdiagnosticado e requer uma abordagem específica, com destaque para a cirurgia plástica como parte importante do tratamento interdisciplinar.
O tratamento pode incluir uma abordagem conservadora, como a terapia de compressão, exercícios físicos e mudanças na dieta, além da cirurgia plástica. Segundo o cirurgião Franklin Mônaco, a cirurgia, que dura cerca de três horas, conhecida como lipoaspiração tumescente, é realizada por cânulas de pequeno calibre que aspiram o tecido gorduroso doente localizado abaixo da pele. “Nos casos mais avançados (estágios 3 e 4), devido ao grande volume de gordura, após a lipoaspiração, a remoção cirúrgica do excesso de pele pode ser necessária”, completou.
Os pacientes que se submetem à cirurgia plástica para tratar o lipedema frequentemente relatam melhorias significativas na qualidade de vida, na mobilidade e na autoestima. A cirurgia não é uma solução única e definitiva, sendo essencial manter um estilo de vida saudável após o procedimento para manter os resultados. O tratamento multidisciplinar costuma demandar outros especialistas além de um cirurgião plástico, tais como dermatologista, cirurgião vascular, fisioterapeuta, nutricionista, educador físico e psicólogo ou terapeuta. O bem-estar das pacientes é o principal alvo das intervenções.
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