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Uma imersão de dois dias em realidade virtual através de simuladores de última geração voltada ao desenvolvimento de novos cirurgiões em cirurgia robótica será realizada nas Obras Sociais Irmã Dulce e no Hospital Mater Dei Salvador nesta quinta e sexta-feiras (25 e 26). O treinamento, realizado pelo Instituto Baiano de Cirurgia Robótica (IBCR) em parceria com a Endocompany, vai simular cirurgias e situações adversas, com detalhes da anatomia do corpo humano, para que os participantes aprendam na prática a utilizar com maestria o robô cirurgião. Em breve, os simuladores passarão por outros dois hospitais públicos na Bahia, o que reacende a discussão sobre a viabilidade econômica dessa tecnologia no Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com o urologista Nilo Jorge Leão, chefe do programa de cirurgia robótica e da urologia do Hospital Mater Dei Salvador, hospitais do estado e do município ainda precisam resolver questões básicas, como falta de leitos de UTI e outras questões mais urgentes antes de evoluírem para a aquisição da tecnologia robótica, que pode custar até R$ 5 milhões, sem contar os custos de manutenção. Contudo, “instituições como as Obras Sociais Irmã Dulce, por serem formadoras de gerações de médicos, talvez possam viabilizar a verba através de apoios federais ao ensino e pesquisa, o que faria mais sentido na conjuntura dos preços atuais”, defendeu o médico, que também coordena a Uro-oncologia das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) e a Urologia do Hospital Municipal de Salvador (HMS).
Para o urologista Felipe Pinho, um dos coordenadores da imersão em realidade virtual e vice-coordenador da Urologia do HMS, qualificar o máximo de cirurgiões da Bahia para realização de cirurgias robóticas é importante porque “comprovadamente, a tecnologia robótica melhora resultados cirúrgicos e possibilita uma recuperação muito mais rápida aos pacientes”, afirmou. Com a utilização de sistemas robóticos, os cirurgiões têm acesso à visão tridimensional de alta definição e a instrumentos articulados que proporcionam uma precisão excepcional durante procedimentos delicados. Isso resulta em menos sangramento, menor trauma nos tecidos circundantes e alta hospitalar mais rápida para os pacientes.
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