Ouriço-preto/ Foto: Acervo Bracell
Trinta e seis animais silvestres – incluindo um ouriço-preto, conhecido pelo nome científico de Chaetomys subspinosus e que tem status de ameaça de extinção vulnerável, segundo a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) – ganharam a liberdade nesta sexta-feira, 17, quando foram reintegrados à natureza na reserva ambiental Projeto Cachoeira, que pertence à Bracell, no município de Entre Rios (BA). Os animais foram encaminhados pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) de Salvador, órgão vinculado à Secretaria de Meio Ambiente da Bahia.
O órgão informou que, além do ouriço-preto, foram devolvidos ao meio ambiente sete gambás-de-orelha-branca (Didelphis albiventris), seis gambás-de-orelha-preta (Didelphis aurita), seis iguanas-verde (Iguana iguana), quatro jiboias (Boa constrictor), três corujas orelhudas (Asio clamator), duas cascavéis (Crotalus durissus), duas corujas murucututus (Pulsatrix perspicillata), dois tamanduá-mirins (Tamandua tetradactyla), uma coruja-da-igreja (Tyto fucata), uma cutia (Dasyprocta sp.) e uma jararaca (Bothrops sp.).
O biólogo Igor Macedo, especialista em Meio Ambiente da Bracell, informa que a soltura dos animais foi acompanhada por equipes da empresa e do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado da Bahia (Inema), que certificou a reserva como uma Área de Soltura de Animais Silvestres (Asas) em 2021. “Devido ao trabalho de conservação, o Projeto Cachoeira tem todas as condições naturais necessárias para a reintrodução das espécies, uma vez que elas já foram registradas em nosso Monitoramento da Biodiversidade”, afirma.
Macedo pontua que a Bracell possui outras duas áreas certificadas como Asas na Bahia: o Projeto Sergipe, em Jandaíra, e a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Lontra, entre os municípios de Entre Rios e Itanagra. Essa última é a maior área de conservação privada do Litoral Norte baiano, com 1.377 hectares. O espaço foi reconhecido, em 2019, como Posto Avançado da Reserva de Biosfera da Mata Atlântica pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
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