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Mel produzido por comunidade indígena ganha mercado

 


A produção de mel se consolidou como alternativa de renda para a comunidade indígena Acuípe de Cima, localizada no município de Ilhéus, que, pela primeira, vez comercializou 200 quilos do produto para os Centros Públicos de Economia Solidária (Cesol) e para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

 

A Associação Indígena dos Tupinambá do Acuípe de Cima (Aitac) foi contemplada com investimentos do Governo do Estado, por meio do projeto Bahia Produtiva, e recebeu recursos de R$313,6 mil, aplicados em equipamentos para produção, como colmeias, cera e indumentária, quintais agroflorestais com plantas alimentares, medicinais, ornamentais e criação de animais de pequeno porte e veículo utilitário. 

 

Os equipamentos possibilitaram a exploração, pelos agricultores e agricultoras familiares, dos produtos melíferos, utilizando processos produtivos com manejo adequado, e os quintais agroflorestais são alternativas viáveis para unir preservação ambiental, cultural e sustentabilidade dos agroecossistemas.

 

Para o representante da associação, Alberto Lopes Costa, conhecido como Beto Tupinambá, as mudanças são visíveis na comunidade: “Com o Bahia Produtiva, despertamos pro lado empresarial, melhoramos a gestão, a organização, a maneira como a gente se organiza para buscar mercado, a buscar políticas públicas, entre outros benefícios. Além disso, antes, para fazer uma roçagem, a gente cortava as árvores sem saber o que estava cortando direito. Hoje, a gente observa se é uma planta de florada, pra não dar prejuízo na produção de mel. Temos mais consciência ambiental”. 

 

O Bahia Produtiva é executado pela Companhia de Desenvolvimento Rural (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com cofinanciamento do Banco Mundial. 

 

Certificações

 

O Mel da Aitac conta com o Selo de Identificação de Produtos da Agricultura Familiar (SIPAF Bahia). Além de identificar os produtos, o selo oferece aos consumidores a garantia de ser genuinamente originário da agricultura familiar. O SIPAF Bahia é concedido pelo Governo do Estado, por meio da SDR. Agricultores familiares e empreendimentos da agricultura familiar, que possuam a Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP/Pronaf), podem se cadastrar e solicitar a concessão do Selo pelo sistema SIS-SIPAF, por meio do endereço eletrônico www.portalsdr.ba.gov.br/sipaf

 

O produto também possui o Selo "Indígenas do Brasil", um mecanismo de identificação de origem da produção da agricultura familiar oriunda de terras indígenas. O selo valoriza a produção indígena e contribui para dar visibilidade à produção comercializada, tornando sua origem étnica e territorial reconhecida pelos consumidores.

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