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Líderes do BRICS defendem multilateralismo e reforma da ONU em declaração da Cúpula do Rio de Janeiro

  Foto: Ricardo Stuckert / PR Os líderes do BRICS divulgaram neste domingo, 6 de julho, a Declaração da 17ª Reunião de Cúpula do BRICS, real...

 

Foto: Ricardo Stuckert / PR

Os líderes do BRICS divulgaram neste domingo, 6 de julho, a Declaração da 17ª Reunião de Cúpula do BRICS, realizada no Rio de Janeiro (RJ) sob a presidência brasileira. O documento contém uma ampla defesa do multilateralismo, com o objetivo de promover um sistema internacional mais justo, eficaz e representativo.

 

Reiteramos nosso compromisso com a reforma e com o aprimoramento da governança global, por meio da promoção de um sistema internacional e multilateral mais justo, equitativo, ágil, eficaz, eficiente, responsivo, representativo, legítimo, democrático e responsável

trecho da declaração oficial dos líderes do BRICS
 

>> Confira a íntegra da Declaração da 17ª Reunião de Cúpula dos BRICS
 

“Reafirmamos nosso compromisso com o multilateralismo e a defesa do direito internacional, incluindo os Propósitos e Princípios consagrados na Carta das Nações Unidas (ONU), em sua totalidade e interconexão como seu alicerce indispensável, e o papel central da ONU no sistema internacional”, indica o texto.
 

O documento cobra ainda uma reforma abrangente das Nações Unidas, em especial de seu Conselho de Segurança, “para que ele possa responder adequadamente aos desafios globais predominantes e apoiar as aspirações legítimas dos países emergentes e em desenvolvimento da África, Ásia e América Latina, incluindo os países do BRICS, a desempenhar um papel maior nos assuntos internacionais”.
 

Na declaração, os líderes saúdam a entrada da Indonésia como membro pleno do BRICS e reconhecem os seguintes países como parceiros: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Nigéria, Malásia, Tailândia, Vietnã, Uganda e Uzbequistão.
 

Outro destaque do documento é a adoção da Declaração-Marco dos Líderes do BRICS sobre Finanças Climáticas, a Declaração dos Líderes do BRICS sobre Governança Global da Inteligência Artificial e o endosso ao lançamento da Parceria do BRICS para a Eliminação de Doenças Socialmente Determinadas. “Essas iniciativas refletem nossos esforços conjuntos para promover soluções inclusivas e sustentáveis para questões globais prementes”, afirma o comunicado.

BRICS Brasil 2025 🇧🇷

🎥 Audiovisual/PR pic.twitter.com/PRywDGEQPv

— Lula (@LulaOficial) July 6, 2025
 

AGENDA — A Cúpula do BRICS segue neste domingo com a cerimônia oficial de chegada dos Chefes de Estado e de Governo dos países parceiros e de engajamento externo. Depois, será promovida a sessão plenária “Fortalecimento do Multilateralismo, Assuntos Econômico-Financeiros e Inteligência Artificial”, seguida da adoção da Declaração sobre Inteligência Artificial. Antes da divulgação da declaração, ocorreu a sessão plenária “Paz e Segurança e Reforma da Governança Global”, que teve os debates ampliados em almoço de trabalho. Na abertura do evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou o potencial da diversidade do BRICS para promover a paz e mediar conflitos.
 

O encontro, realizado sob o tema “Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável”, segue nesta segunda-feira (7). Será promovida a sessão plenária “Meio Ambiente, COP30 e Saúde Global”.
 

GRUPO — O BRICS é um agrupamento formado por 11 países membros: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. Serve como foro de articulação político-diplomática de países do Sul Global e de cooperação nas mais diversas áreas.
 

REPRESENTATIVIDADE — Os países do BRICS representam 48% da população mundial, 36% do território do planeta, 40% do PIB global e 21,6% do comércio (TradeMap; Banco Mundial). A corrente de comércio do Brasil com o BRICS totalizou US$ 210 bilhões, representando 35% do total em 2024.
 

RELEVÂNCIA — O BRICS foi o destino de US$ 121 bilhões das exportações brasileiras, representando 36% do total exportado pelo Brasil em 2024 e foi a origem de US$ 88 bilhões das importações brasileiras, representando 34% do total importado pelo Brasil no mesmo ano (ComexStat). No ano anterior, os investimentos dos países do bloco no Brasil totalizaram cerca de US$ 51 bilhões (Banco Central).
 

BALANÇA COMERCIAL — De janeiro a junho de 2025, o intercâmbio entre o Brasil e países do BRICS foi de US$ 107,6 bilhões. As exportações brasileiras alcançaram US$ 59 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 48,5 bilhões — superávit de US$ 10,4 bilhões. A pauta de importações brasileiras é baseada, em grande parte, em óleos combustíveis de petróleo, adubos e fertilizantes químicos, embarcações e outras estruturas flutuantes. O Brasil exporta majoritariamente para o BRICS soja, óleos brutos de petróleo e minério de ferro, além de carne bovina, açúcares e celulose.
 

PRESIDÊNCIA — Como em mandatos anteriores (2010, 2014 e 2019), a presidência brasileira pretende contribuir para o avanço do diálogo e da concertação no BRICS em temas políticos e de segurança, econômico-financeiros, e relativos à sociedade civil. O Brasil segue buscando reformas no sistema de governança global, sempre em prol da maior participação dos países emergentes e em desenvolvimento e de maior legitimidade e eficiência das organizações internacionais existentes. Guiada pelo lema "Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável", a presidência brasileira em 2025 se concentra em duas prioridades: cooperação do Sul Global e parcerias para o desenvolvimento social, econômico e ambiental.

 

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

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