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Ainda não fez seus exames? Radiologista explica a importância da prevenção do câncer de mama

 


No Brasil, excluindo os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o tipo mais incidente entre as mulheres em todas as regiões, com as maiores taxas observadas nas regiões Sul e Sudeste. Para cada ano do triênio 2023-2025, foram estimados 73.610 novos casos de câncer de mama, o que corresponde a uma taxa de incidência de 66,54 casos por 100.000 mulheres (INCA, 2022). Na região Nordeste, os números são de 52,20 casos para cada 100 mil mulheres.

Diagnóstico precoce
Dra. Angela Caiado, head de Radiologia e Diagnóstico por Imagem do Grupo Fleury,  detentor da Diagnoson a + na Bahia, destaca a importância do “Outubro Rosa”, campanha que busca promover conscientização para a prevenção do câncer de mama, proporcionando a realização de exames de imagem fundamentais para o controle da doença. Abaixo, a especialista esclarece alguns pontos necessários para o diagnóstico:
- A partir de qual idade a mulher deve começar a fazer exames da mama?
Na população geral, a mamografia é recomendada como o principal exame de rastreamento para o câncer de mama a partir dos 40 anos. No entanto, antes dessa idade, especialmente em mulheres mais jovens com mamas densas, a ultrassonografia é o exame de escolha. Para mulheres com histórico familiar de câncer de mama ou outros fatores de risco, o rastreamento pode começar mais cedo, com a inclusão de exames complementares, como ressonância magnética, dependendo da orientação médica. A avaliação individualizada é essencial para garantir o diagnóstico precoce e um acompanhamento adequado.
 
- Quais os principais exames de imagem devem fazer parte do check-up anual da mulher?
Os exames de imagem recomendados no check-up anual da mulher podem variar de acordo com a idade, histórico familiar e fatores de risco. No entanto, os exames mais comuns são:
  1. Mamografia: indicada principalmente para mulheres a partir dos 40 anos, é o principal exame de rastreamento para o câncer de mama. Em casos de histórico familiar ou outros fatores de risco, pode ser iniciada antes dos 40.
  2. Ultrassonografia de Mama: geralmente indicada para mulheres mais jovens, com menos de 40 anos, ou como exame complementar à mamografia em pacientes com mamas densas.
  3. Ultrassonografia Transvaginal: utilizada para avaliar o útero, ovários e trompas de falópio, é importante para identificar alterações ginecológicas, como cistos, miomas e cânceres ginecológicos.
  4. Densitometria Óssea: embora não seja indicada anualmente para todas as mulheres, pode fazer parte do check-up para avaliar a densidade óssea, principalmente após a menopausa, ajudando a prevenir e tratar a osteoporose.
  5. Ultrassonografia Abdominal: em algumas situações, pode ser recomendada para avaliar órgãos abdominais, como fígado, rins, vesícula biliar e pâncreas, sendo útil no diagnóstico de alterações nessas regiões.
  6. Ressonância Magnética de Mama: utilizada em casos específicos, como em mulheres com alto risco de câncer de mama, pode ser indicada como exame complementar à mamografia e ultrassonografia.
Esses exames, associados a consultas regulares com ginecologistas e outros especialistas, permitem a detecção precoce de doenças e a manutenção da saúde feminina em diversas fases da vida. A periodicidade e os tipos de exames podem variar conforme cada caso, e devem ser personalizados conforme as orientações médicas.
 
- Por que o diagnóstico precoce do câncer de mama é importante?
O diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de cura, permite tratamentos menos agressivos, com melhores resultados estéticos, e proporciona uma melhor qualidade de vida para as pacientes.
- Quais são os principais exames para o diagnóstico de câncer de mama?
O diagnóstico de câncer de mama envolve uma série de exames de imagem e laboratoriais que ajudam a identificar e caracterizar possíveis lesões. Os principais exames utilizados são:
  1. Mamografia: é o exame mais utilizado para o rastreamento e diagnóstico inicial de câncer de mama. Ele pode detectar microcalcificações e outras alterações suspeitas que podem indicar a presença de câncer, mesmo antes de serem palpáveis.
  2. Ultrassonografia de Mama: geralmente indicada como exame complementar à mamografia, especialmente em mulheres com mamas densas, ajuda a diferenciar entre lesões sólidas (como tumores) e císticas (como cistos).
  3. Ressonância Magnética de Mama: utilizada em casos específicos, como em mulheres com alto risco para câncer de mama (histórico familiar, mutações genéticas BRCA1 ou BRCA2), ou para avaliar lesões suspeitas detectadas por outros exames. O exame oferece alta sensibilidade na detecção de tumores e pode ser útil em casos de mamas densas ou de difícil interpretação.
  4. Biópsia: após a identificação de uma alteração suspeita nos exames de imagem, a biópsia é realizada para confirmar se a lesão é maligna ou benigna. Existem diferentes tipos de biópsia, como biópsia com agulha fina (PAAF), biópsia core (agulha grossa) e biópsia cirúrgica.
  5. Tomossíntese (Mamografia 3D): é a tecnologia mais recente e que permite a reconstrução tridimensional da mama. A tomossíntese pode melhorar a detecção de câncer, especialmente em mulheres com mamas densas, ao reduzir sobreposições de tecidos.
  6. PET-CT: em casos específicos e avançados, o PET-CT pode ser usado para detectar metástases (propagação do câncer para outras partes do corpo) ou avaliar a resposta ao tratamento.
  7. Exame Físico das Mamas: embora não seja um exame de imagem, o autoexame e o exame físico feito por um profissional de saúde são importantes para identificar possíveis alterações que possam indicar a presença de um tumor.
Esses exames, quando usados de forma complementar, ajudam a garantir uma avaliação precisa, favorecendo o diagnóstico precoce do câncer de mama e a definição do tratamento adequado. A escolha do exame depende de vários fatores, como idade, densidade mamária e risco pessoal.
 
- Qual a diferença entre a ultrassonografia da mama e mamografia?
A ultrassonografia e a mamografia são exames distintos, porém complementares. O ideal é que a mamografia seja realizada primeiro, seguida pela ultrassonografia, se necessário. Por exemplo, se a mamografia identificar um nódulo, a ultrassonografia é usada para determinar sua natureza (se é sólido ou cístico) e auxiliar na definição da conduta a ser seguida. Vale lembrar que algumas lesões são detectadas apenas pela mamografia, enquanto outras podem ser vistas apenas pela ultrassonografia, já que cada exame utiliza métodos diferentes. Portanto, um não substitui o outro, mas sim, se complementam para fornecer uma avaliação mais completa da mama.
 
- Ultimamente vem sendo publicado que o câncer de mama vem atingindo cada vez mais mulheres jovens. Por conta disso, qual a orientação que pode ser dada para as mulheres como forma de prevenção?
Recentemente, o câncer de mama tem atingido mais mulheres jovens. Para prevenção, as principais orientações são:
  1. Autoexame e autoconhecimento: estar atenta a alterações nas mamas e conhecer seu corpo.
  2. Consultas regulares: visitar o ginecologista ou mastologista regularmente.
  3. Exames de rastreamento: iniciar mamografias a partir dos 40 anos ou antes, se houver histórico familiar, e complementar com ultrassonografia ou ressonância magnética, se indicado.
  4. Estilo de vida saudável: praticar atividade física, manter uma dieta equilibrada, evitar álcool e não fumar.
  5. Histórico familiar: informar o médico sobre histórico de câncer e considerar testes genéticos.
  6. Amamentação: quando possível, amamentar, pois isso pode reduzir o risco.
Essas medidas ajudam a reduzir riscos e facilitar o diagnóstico precoce.
 
- Qual a orientação para a pessoa que foi diagnosticada com câncer de mama?
Uma vez diagnosticado o câncer de mama, a pessoa deve procurar seu médico o mais rápido possível para que tão logo seja iniciado o tratamento adequado. 
- Qual a importância do Outubro Rosa para a prevenção do câncer de mama?
O "Outubro Rosa" é uma campanha essencial que busca:
  • Conscientizar e educar a população sobre a importância da detecção precoce do câncer de mama;
  • Fornecer informações sobre a saúde das mamas, destacando a relevância da mamografia como ferramenta de diagnóstico;
  • Promover a melhoria da qualidade de vida das mulheres, incentivando cuidados preventivos;
  • Reduzir o tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento, aumentando as chances de sucesso terapêutico.
Essa iniciativa tem um papel crucial na prevenção e no combate ao câncer de mama, impactando positivamente a saúde das mulheres.
#OutubroRosa

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