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Entre 2021 e 2023, viagens com destino à Bahia crescem 62,6%, e receita com turismo doméstico no estado quase duplica

Após dois anos de impactos negativos causados principalmente pela pandemia de COVID-19 (2020 e 2021), em 2023 o turismo brasileiro mostrou r...


Após dois anos de impactos negativos causados principalmente pela pandemia de COVID-19 (2020 e 2021), em 2023 o turismo brasileiro mostrou recuperação, e o número de viagens voltou a crescer. Na Bahia, não foi diferente. Os bons resultados do ano passado garantiram ao estado a permanência como o 3º principal destino de viagens nacionais e a 2ª maior receita com turismo do Brasil.

Mesmo assim, tanto no país como um todo quanto na Bahia, a proporção de domicílios onde alguém viajou, em 2023, ainda não tinha atingido o patamar verificado em 2019. O principal motivo para não viajar continuou sendo “não ter dinheiro”, que foi mais citado em 2023 do que nos demais anos da pesquisa.
Entre 2021 e 2023 o número de viagens nacionais que tiveram a Bahia como principal destino, incluindo as realizadas dentro do próprio estado, cresceu 62,6%, passando de 1,159 milhão a 1,885 milhão - o que representou mais 726 mil viagens no período. O número de viagens domésticas para a Bahia, em 2023, foi o maior dos quatro anos de série histórica da PNADC Turismo (2019, 2020, 2021 e 2023). 
Assim, o estado sustentou a posição de 3º destino de maior atração no turismo doméstico, atrás de São Paulo (4,821 milhões de viagens, 90,9% a mais do que em 2021) e Minas Gerais (2,152 milhões, 53,6% a mais do que em 2021). Em 2023, assim como em 2021, 1 em cada 10 viagens realizadas no Brasil foi para a Bahia (9,2% do total).
 No país como um todo, o número de viagens domésticas aumentou 66,7% entre 2021 e 2023, de 12,247 milhões para 20,418 milhões (mais 8,171 milhões em dois anos), atingindo também o maior patamar da série. 
Houve aumento no número de viagens domésticas com destino a todas as 27 unidades da Federação. Em termos absolutos, São Paulo (+2,295 milhões), Minas Gerais (+751 mil) e Bahia lideraram (+726 mil). Percentualmente, os maiores aumentos foram nas viagens destinadas ao Amapá (+142,9%) a São Paulo (+90,9%) e a Goiás (+85,6%). A Bahia teve a 16ª variação percetual.
número de viagens que tinham a Bahia como origem, ou seja, partiam do estado, também cresceu. Passou de 991 mil, em 2021, para 1,631 milhão em 2023, o que representou mais 640 mil viagens no período, num crescimento de 64,6%. Desse total de viagens, 1,618 milhão (99,2%) foram domésticas e 13 mil (0,8%), internacionais. 
Além do maior número de viagens, também cresceu de forma significativa a proporção de domicílios baianos em que algum morador viajou: de 14,6%, em 2021, para 20,8% em 2023. Isso significa que, no ano passado, houve ao menos uma viagem em 1 a cada 5 domicílios no estado (1,145 milhão, em números absolutos). 
O percentual da Bahia ficou ligeiramente acima do nacional - em 19,8% dos domicílios brasileiros houve ao menos uma viagem, em 2023, frente a 12,7% em 2021. No entanto, foi apenas o 11º maior entre as 27 unidades da Federação, num ranking liderado por Distrito Federal (em 25,7% dos domicílios alguém viajou), Rio Grande do Sul (25,5%) e Tocantins (24,1%). 
As menores proporções de domicílios com viagens realizadas, em 2023, estavam no Acre (6,0%), no Amapá (10,3%) e em Roraima (10,6%).
Apesar do aumento frente a 2021, a proporção de domicílios em que alguém viajou em 2023 ainda não tinha chegado ao patamar pré-pandemia, nem no Brasil, nem na Bahia, nem na grande maioria dos estados. 
No país, a percentagem de domicílios com viagem no ano passado (19,8%) estava dois pontos percentuais abaixo da verificada em 2019 (21,8%). Na Bahia, a diferença foi de menos 1,8 ponto percentual: 20,8% dos domicílios com viagem em 2023, frente a 22,6% em 2019.
Dentre as 27 unidades da Federação, só 4 tiveram, em 2023, uma proporção de domicílios onde alguém viajou maior do que em 2019: Distrito Federal (25,7% e 22,7%, respectivamente), Rio Grande do Sul (25,5% e 24,3%), Alagoas (12,5% e 11,4%) e São Paulo (21,9% e 21,0%).
Receita com turismo quase dobra na BA, de 2021 a 2023, chegando a R$ 2,435 bi; gasto médio em viagens para o estado passa a ser o 3º mais alto (R$ 2.467)
Em 2023, os gastos totais em viagens nacionais para a Bahia com pernoite, que correspondem à receita do estado com turismo, somaram R$ 2,435 bilhões. O valor foi novamente o 2º mais alto do país, abaixo apenas do registrado em São Paulo (R$ 4,129 bilhões). Além disso, quase duplicou em dois anos, mostrando um aumento real de 92,8% frente a 2021, quando havia sido de R$ 1,263 bilhão. 
O valor despendido por turistas domésticos em todo o Brasil, em 2023, chegou a R$ 20,146 bilhões, com um aumento real de 78,6% frente a 2021, quando havia sido de R$ 11,281 bilhões. As 27 unidades da Federação tiveram altas nos gastos totais com viagens, nesse período, com destaques, em termos percentuais, para Paraíba (+221,0%, indo a R$ 304,477 milhões), Roraima (+109,3%, indo a R$ 11,186 milhões) e Goiás (+107,8%, indo em R$ 826,651 milhões). 
Bahia teve o 2º maior aumento absoluto (+R$ 1,172 bilhão), abaixo de São Paulo (+R$ 2,072 bilhões), e o 10º crescimento percentual na receita com turismo, entre 2021 e 2023. Chegou inclusive a ganhar um pouco de participação na receita nacional do turismo doméstico, de 11,2% para 12,1%, entre um ano e outro. Ou seja, R$ 1 em cada R$ 10 gastos no Brasil por turistas domésticos ficou na Bahia.
gasto médio por viagem com pernoite com destino ao estado, em 2023, foi R$ 2.467. Aumentou 27,1% em relação a 2021 (quando havia sido de R$ 1.941) e passou a ser o 3º mais elevado do país, abaixo apenas dos gastos médios com viagens para Alagoas (R$ 3.704) e Pernambuco (R$ 2.683). Em 2021, o gasto médio de pessoas que viajavam para a Bahia havia sido apenas o 8º maior.
No Brasil como um todo, o gasto médio por viagem doméstica foi R$ 1.639, em 2023, 7,5% maior do que em 2021 (quando havia sido R$ 1.525). O valor aumentou em 19 das 27 unidades da Federação. Os recuos mais significativos, tanto absolutos quanto percentuais, ocorreram no Rio Grande do Sul (menos R$ 538 ou -24,9%), Amapá (menos R$ 435 ou -21,8%) e Amazonas (menos R$ 250 ou -18,1%). 
Já o gasto médio diário per capita (por pessoa) em viagens para a Bahia ficou em R$ 277, em 2023, mostrando alta de 17,9% frente a 2021 (quando havia sido R$ 235). O estado também subiu no ranking nacional desse indicador, de 15º para 8º maior gasto médio diário per capita, entre um ano e outro. 
No Brasil como um todo, o gasto médio diário per capita com viagens domésticas foi de R$ 243 em 2023, 4,3% maior do que em 2021 (quando havia sido R$ 233). Alagoas (R$ 366), Distrito Federal (R$ 342) e Rio de Janeiro (R$ 332) eram os destinos com maiores valores de gasto diário per capita com viagens. Amapá (R$ 111), Pará (R$ 151) e Amazonas (R$ 153) tinham os menores gastos.
Na Bahia, tratar da saúde foi o motivo mais citado para viagens pessoais: em 37,7% delas, maior percentual do país
Largamente majoritárias em todos os anos da PNADC Turismo, as viagens com finalidades pessoais voltaram a ganhar importância em 2023, após o fim da pandemia. No ano passado, elas representaram 85,4% das viagens realizadas por moradores da Bahia (1,393 milhão em números absolutos), frente a 76,1% em 2021. 
O fim da emergência de saúde não mudou, porém, o motivo principal das viagens pessoais na Bahia, que, em 2023, continuou sendo realizar tratamento de saúde ou consulta médica, apontada como razão de 37,7% das viagens realizadas por moradores do estado (quase 4 em cada 10 ou 525 mil, em números absolutos). 
A Bahia foi um dos cinco estados onde tratar da saúde era o motivo predominante para viajar em 2023 e registrou o maior percentual de viagens pessoais com esse objetivo no país. Amazonas (36,0%), Piauí (35,3%), Maranhão (35,3%) e Acre (34,9%) também tiveram tratamento de saúde como principal motivo das viagens. 
No Brasil como um todo, tratar da saúde foi apenas o terceiro motivo mais citado, em 19,8% das viagens pessoais (3,574 milhões em números absolutos).
Em 2023, na Bahia, o segundo motivo mais citado para viajar também foi o mesmo de 2021: visita ou evento de familiares e amigos, citado em 28,9% das viagens pessoais (402 mil). No entanto, de um ano para o outro, ele cedeu espaço para a viagens por lazer, que continuaram na terceira posição, mas ganharam participação no total, de 20,7% das viagens pessoais em 2021 para 24,5% em 2023 (341 mil).
Nacionalmente, predominaram em 2023 as viagens pessoais para lazer (38,7% do total), seguidas por aquelas para visita ou evento de familiares e amigos (33,1%).
Os principais meios de transporte utilizados por moradores da Bahia em viagens também mantiveram-se os mesmos em 2021 e 2023, mas, no ano passado, as viagens de carro (particular ou da empresa), mais numerosas em toda a série histórica, perderam participação no total para meios de transporte coletivos como avião e ônibus de excursão, fretado ou de turismo
Em 2023, 41,7% do total de viagens (domésticas ou internacionais, com qualquer finalidade) realizadas por moradores da Bahia foram feitas de carro (681 mil, em números absolutos). Em 2021, elas haviam sido 44,6% do total. Em seguida vinham as viagens em ônibus de linha: 23,1% do total em 2023 (377 mil), frente a 23,6% em 2021. O avião continuou apenas o 5º meio de transporte mais usado, em 6,9% das viagens de moradores da Bahia (112 mil), frente a 4,1% em 2021. Já os ônibus fretados deixaram de ser o meio de transporte menos utilizado em viagens, passando de 2,0% para 4,7% do total, entre 2021 e 2023.
A ordem de preferência dos viajantes que moravam na Bahia na hora de se hospedar também continuou praticamente a mesma, embora a casa de amigo ou parente, líder em todos os anos da série histórica, tenha perdido participação no total de viagens realizadas, de 47,6% em 2021 para 41,8% em 2023 (682 mil viagens). 
Por outro lado, a hospedagem em hotel, resort ou flat foi a que mais ganhou participação entre um ano e outro, de 5,5% para 9,6% das viagens de moradores da Bahia (157 mil, em números absolutos).
Em 2023, ninguém viajou em 8 de cada 10 domicílios baianos (79,2%); não ter dinheiro foi o motivo citado em 4 de cada 10 lares onde não houve viagens
Com a recuperação do turismo, diminuiu um pouco a proporção de domicílios baianos onde nenhum morador havia viajado nos três meses anteriores à entrevista da PNADC Turismo, de 85,4% em 2021 para 79,2% em 2023 - ainda assim representando 8 em cada 10 residências, ou 4,351 milhões em números absolutos.
A proporção de domicílios onde ninguém viajou na Bahia (79,2%) seguiu discretamente abaixo da verificada nacionalmente (80,2%), em 2023, como em todos os três anos anteriores da série histórica da pesquisa.
Assim como ocorreu no país como um todo e em quase todos os estados, a principal justificativa entre os baianos para não viajar, em 2023, continuou sendo “não ter dinheiro”, citada por moradores de 4 em cada 10 domicílios onde não houve viagens no estado (41,4% ou 1,8 milhão de residências, em números absolutos). 
No Brasil, 40,4% dos domicílios onde nenhum morador viajou relataram a falta de dinheiro como motivo (24,894 milhões em números absolutos). Em 2023, o Maranhão foi o único estado em que a falta de dinheiro não foi o principal motivo para não viajar, e sim “não ter necessidade” - embora os percentuais das duas razões tenham sido quase iguais (35,8% e 36,0% dos domicílios, respectivamente).
Não ter necessidade” de viajar foi o segundo motivo mais informado nos domicílios onde não houve viagens na Bahia e no Brasil, em 2023: por 25,9% (1,128 milhão de domicílios) e 19,1% (11,842 milhões de domicílios), respectivamente. 
Em terceiro lugar, ficou o motivo “não ter tempo”, informado em 11,7% dos domicílios baianos nos quais ninguém viajou em 2023 (510 mil) e em 17,8% dos brasileiros (11,024 milhões). 
Entre os domicílios da Bahia, os dois principais motivos para não viajar (não ter dinheiro ou necessidade) permaneceram os mesmos em todos os quatro anos da série da PNADC Turismo. Frente a 2021, porém, a restrição financeira foi a que mais ganhou participação (de 31,4%, naquele ano, para 41,4% em 2023), seguida por não ter tempo (de 4,8% para 11,7%). 
Por outro lado, “outros motivos” tiveram perda importante de participação entre as razões citadas, de 20,7% em 2021 para 3,4% em 2023, caindo de terceira justificativa para sexta (ou penúltima) mais informada no estado.

Outras informações estão disponíveis na Agência IBGE Notícias.

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