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Atualmente o maior e mais respeitado guia gastronômico do mundo, o Guia Michelin não começou sua história com o grande prestígio que recebe hoje. Em 1889, em Clermont-Ferrand, uma pequena cidade no centro da França, os irmãos Michelin fundaram sua empresa de pneus homônima — apostando no crescimento da indústria automobilística, na época ainda com seus primeiros exemplares nas ruas.
Pensando em uma forma de divulgação que fosse útil aos motoristas e, ao mesmo tempo, encorajasse as vendas de automóveis e de pneus, os irmãos criaram um pequeno guia com informações necessárias aos viajantes. O pequeno caderno vermelho foi distribuído nas ruas e contava com mapas, tutoriais para resolver pequenos problemas mecânicos, localização de postos de gasolina e, finalmente, lugares para comer e pernoitar.
Durante pouco mais de vinte anos, o guia circulava sem custo e contava com anunciantes pagos entre as informações. No entanto, em 1920, o Guia Michelin foi reformado e uma nova edição, agora custando aproximadamente sete francos, foi lançada. Hotéis em Paris, restaurantes amados pelo público e outros estabelecimentos faziam parte das indicações, cada vez mais respeitadas pelos leitores.
Percebendo a crescente popularidade das indicações presentes nos guias, os irmãos Michelin investiram ainda mais na credibilidade das informações. Passaram a colocar clientes ocultos nos restaurantes para avaliar o serviço e a comida, buscando indicar apenas os melhores estabelecimentos aos seus clientes. A partir de 1926, as primeiras estrelas surgiram no guia como uma forma de avaliar os restaurantes.
Porém, foi apenas em 1936 que os critérios oficiais para os rankings de uma, duas ou três estrelas Michelin foram publicados. Hoje, o guia avalia mais de 30 mil restaurantes em mais de 30 diferentes territórios localizados em três continentes.
O que as estrelas representam?
O Guia Michelin avalia os restaurantes de uma até três estrelas, com cada uma categorizando o restaurante conforme as críticas gastronômicas de profissionais. Sendo assim:
Uma Estrela Michelin: uma cozinha de grande nível, vale a pena parar.
Duas Estrelas Michelin: uma cozinha excepcional, vale um desvio.
Três Estrelas Michelin: uma cozinha única, justifica a viagem.
Ainda que serviço e ambiente, por exemplo, sejam aspectos notados pelos avaliadores nos estabelecimentos, estas não são características que garantem estrelas no Guia Michelin. As pontuações dizem exclusivamente sobre o nível gastronômico do restaurante, avaliando em todos os aspectos a qualidade da comida servida.
No geral, as avaliações do Guia Michelin são motivo de desejo dos chefes profissionais donos de restaurantes. Mas, não apenas isso, as estrelas do guia também são parâmetro para entusiastas e amantes do turismo gastronômico, que fazem roteiros de viagem e compram passagens aéreas para experimentar uma experiência culinária nos melhores restaurantes do mundo.
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