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Santo-antoniense Cledenílson revela suas melhores lembranças da cidade

 

Assessoria de Imprensa Sada Cruzeiro

Quem vê o santo-antoniense Cledenílson defendendo o Sada Cruzeiro (MG), líder da Superliga masculina de vôlei 23/24, sendo o principal bloqueador da equipe na competição, não imagina que, aos 18 anos, ele quase abandonou o esporte. Por muito pouco, o central de 2,10m não decidiu arranjar um trabalho para ajudar nas despesas de casa. Mas, sete anos depois, o atleta só guarda gratidão por tudo o que viveu e revela quais são as melhores lembranças sempre que pensa em Santo Antônio de Jesus. 

 

Aos 25 anos, Cledenílson relembra a importância dos três projetos que participou – dois em Santo Antônio de Jesus, e um em Salvador. “Sem eles, não estaria aqui. O último deles, o Escola Parque, do professor Márcio Sacramento, em Salvador, foi fundamental para mim. Eu já havia desistido de tudo porque o projeto na minha cidade havia terminado. Depois comecei a treinar no Vitória. Faltava um mês para eu completar 19 anos e ia parar de vez. Eu tinha de trabalhar para ajudar minha mãe. Apostei todas as fichas naquele último mês. Quando estava quase completando 19 anos, me vi com a passagem nas mãos para o Minas, onde fiz a minha base no vôlei”, ressaltou Cledenílson.

 

“O professor Márcio não tinha ajuda de nada, ele era quem procurava patrocínio, fazia rifa, vaquinha para me ajudar com os custos da passagem porque eu não tinha condições de estar indo para Salvador disputar campeonatos. Isso me ajudou bastante e agradeço muito”, completou Cledenílson.

 

Mas tudo começou com o futebol e com o professor Jorginho, que bancava um espaço no 14º Batalhão da Polícia Militar.  “Eu era uma criança sonhadora. Gostava bastante do futebol e o tempo que eu tinha, depois das aulas, eu ia lá. Para frequentar a escolinha tinha de estudar. Ele me ajudou bastante em ter comprometimento e competitividade. Sempre gostei de praticar esportes, nunca tinha tido incentivo e ele foi um dos primeiros. Eu não tinha condições de pagar escolinha particular e ele disponibilizava de graça aos meninos da periferia”.

 

O segundo projeto foi a escolinha “Vôlei Para Vencer”, do professor Ronaldo. “Ele foi na minha escola me convidar para fazer um teste. No início eu não queria, mas minha mãe insistiu, e fui. E ele também não tinha ajuda, ele mesmo arcava tudo no Clube dos 100: buscava patrocínio para arrumar uniformes, redes, bolas e até mesmo o espaço. Sou muito agradecido a ele porque se não fosse a insistência dele não estaria aqui. Ele acreditou que eu tinha potencial”.

 

Mãe, amigos e Praça Padre Matheus, as saudades

 

Não são muitos os momentos de folga na vida de um jogador de vôlei. Mas, quando está em Santo Antônio de Jesus, Cledenílson não deixa de ir ao seu lugar favorito - depois da casa de sua mãe, Valdelice. “É a Praça Padre Matheus que foi reformada recentemente e ficou bem bonita. Costumo ir lá passear com os meus dois cachorros e a minha noiva quando estou na cidade”.

 

Os amigos também não ficam para trás nessas visitas. “Sempre mantenho contato com eles. Todos têm um carinho enorme por mim e sempre vou visitá-los quando estou lá. Sinto saudades dessas amizades”, afirmou Cledenílson. Mas ele também revelou qual a primeira lembrança quando pensa em Santo Antônio de Jesus.

 

“Minha principal lembrança é a minha mãe. No primeiro ano da pandemia, abri mão das minhas economias de três anos e construí uma casa para a minha ela. No Dia das Mães ela já estava morando na casa e ficou muito feliz. Sei que ela merece muito mais que isso.”

 

Copa Brasil à vista

 

Cledenílson se prepara, junto com os companheiros, para assegurar mais um título para o Sada Cruzeiro: o oitavo da Copa Brasil e seu quarto no clube. O atleta já renovou seu contrato por mais duas temporadas, mas revela que foi sondado por outras equipes.

 

‘Estou feliz aqui, me sinto acolhido. Tive propostas de outros clubes, mas eu tenho uma paixão grande pelo Sada Cruzeiro.  É um dos maiores clubes do mundo e sempre tive o sonho de jogar aqui. Fico feliz em passar confiança e saber que eles também estão felizes com o meu trabalho. Nessas cinco temporadas evoluí bastante. A comissão técnica e a equipe médica me ajudam muito para estar na minha melhor forma. Essa temporada está sendo uma das melhores da minha vida”, concluiu o jogador.

 

O adversário do Sada Cruzeiro nas semifinais da Copa Brasil será o Sesi Bauru (SP), no próximo sábado, dia 9. Quem vencer, garantirá vaga na decisão do título, no domingo, dia 10.

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