A energia solar fotovoltaica está em franca ascensão em território brasileiro, e o Nordeste tem se destacado, tanto em Geração Centralizada, representada por grandes usinas, quanto em Geração Distribuída, representada por usinas de pequeno e médio porte, instaladas no próprio local de consumo ou perto dele.
No ranking da Geração Centralizada proveniente de radiação solar, elaborado pela Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), seis dos nove estados nordestinos aparecem no Top 10, liderados pela Bahia, que é a vice-líder, com mais de 27 GW (gigawatts) de potência outorgada (em operação, em construção e com a construção ainda não iniciada). Logo depois, aparecem Piauí, em 3º lugar; Ceará, em 4º; Rio Grande do Norte, em 5º; Pernambuco, em 7º; e Paraíba, em 8º.
Já na Geração Distribuída também proveniente da radiação solar, a participação regional é um pouco mais modesta, embora ainda relevante, correspondendo a cerca de 20% da potência instalada em território brasileiro, com mais de 5,3 GW (gigawatts). A Bahia se destaca, novamente, na 7ª posição geral, com aproximadamente 1,1 GW em operação. Em seguida, aparecem Ceará, em 11º lugar; Pernambuco, em 13º; Rio Grande do Norte, em 15º; Maranhão, em 16º; Piauí, em 17º; Paraíba, em 19º; Alagoas, em 22º e Sergipe, em 23º.
Túlio Fonseca, CEO da rede de franquias Energy Brasil, um dos principais players do mercado nacional de energia solar, ressalta que o Nordeste está se fortalecendo a cada ano como uma grande potência das energias renováveis, mas ainda há muitas oportunidades de investimento neste nicho do mercado, especialmente para a Geração Distribuída.
“Uma das vantagens da região é a alta incidência de irradiação solar durante o ano inteiro. Os estados nordestinos estão localizados perto da Linha do Equador e, por isso, têm a maior radiação global média do País. Consequentemente, seus sistemas fotovoltaicos tendem a ter melhor desempenho. Sabemos que as grandes usinas já enxergaram esse potencial e estão se aproveitando dele. Agora, é a hora de os empreendedores e os consumidores em geral se beneficiarem também”, opina Fonseca.
Novas possibilidades
Com a ampliação e o amadurecimento do setor de energia solar em todo o território nacional, têm surgido cada vez mais soluções atrativas para os investidores e os consumidores finais. Alguns exemplos são: o Mercado Livre de Energia, que oferece descontos em faturas classificadas como Grupo A (alta tensão); a assinatura de energia, que oferece descontos em faturas classificadas como Grupo B (baixa tensão); e as usinas de investimento, que oferecem rentabilidade mensal, por meio do arrendamento de estruturas e equipamentos fotovoltaicos.
“Hoje em dia, muitas pessoas conhecem os benefícios da energia solar, como a economia e a sustentabilidade. Porém, muitas vezes, elas não podem ou não querem instalar um sistema fotovoltaico em seus imóveis. Ou querem ir além de suas necessidades de consumo, investindo em um projeto maior para rentabilizar. Quem trabalha nesse segmento, portanto, deve olhar para todos esses públicos e se adaptar aos desejos de cada cliente”, opina Fonseca.
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