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Síndrome de fim de ano: esgotamento físico e emocional

Divulgação

O fim de ano simboliza o fechamento de um ciclo, quando,  num curto período de tempo, fazemos a leitura de tudo que vivemos nos últimos 12 meses e idealizamos resolver problemas pessoais e profissionais, pendências, de forma a nos organizarmos para o próximo ano.

As festas de fim de ano representam um tempo limite para o encerramento de uma etapa que traz consigo desgastes físicos e emocionais, que geram aumento significativo do quadro de ansiedade, depressão e estresse, de forma geral. 

A síndrome de fim de ano, também conhecida como “Dezembrite”, tem crescido muito entre a população, pois assim como o fim do ano representa alegria, conquistas e comemorações, também pode trazer tristeza, frustração, decepção, entre outros sentimentos, que interferem diretamente no desempenho pessoal e na qualidade de vida.

Por isso, é importante estar atento aos sinais que o nosso corpo e nossa mente vêm nos dando sobre as pressões e expectativas que criamos no fim do ano, de que precisamos encerrar esse ciclo com sucesso e suprir todas as expectativas próprias e também do outro.

É importante destacar que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país que mais sofre com ansiedade, sendo esse um dos sintomas mais presentes nessa época do ano.  

A ansiedade se apresenta com sintomas como irritabilidade, falta de ar, palpitação,  náuseas, dores de cabeça, pensamentos acelerados, atitudes compulsivas, angústia, entre outros, que interferem diretamente no cotidiano. Diante de tais sinais, precisamos estar atentos para que o quadro de ansiedade não avance para um quadro depressivo e/ou, no contexto de trabalho, para a Síndrome de Burnout.

A Síndrome de Burnout não é exatamente uma doença, mas uma alteração psicológica que está relacionada com a exaustão física e mental, e pode ser desenvolvida por estresse crônico, tensão emocional, problemas no trabalho, excesso de obrigações e questões familiares. Seus principais sintomas são: cansaço excessivo, dores de cabeça frequentes, fadiga e dores musculares, pressão alta e alteração dos batimentos cardíacos, alteração de apetite, perda na produtividade e alteração de sono. 

Diante disso é importante estar atento aos sinais que o corpo vai dando de que algo não está bem. Não é um mês ou uma época do ano que vai nos dizer se alcançamos ou não nossos objetivos, mas a forma como vivemos cada etapa, e como nos sentimos ao longo de cada conquista. 

Por isso, estipule pequenas metas, priorize sua saúde, pratique atividade física e busque ajuda profissional ao perceber sinais que têm interferido em seu bem-estar, pois nossa saúde é um bem precioso e precisamos colocá-la como prioridade.

*Aline Tayná de Carvalho Barbosa Rodrigues é psicóloga escolar no Instituto Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP).

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