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Astroturismo em alta: a busca por lugares ideais para ver as estrelas

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As estrelas e seus mistérios sempre encantaram os seres humanos. Através da observação, há milhares de anos, a humanidade olha para os céus buscando respostas para suas dúvidas e anseios. Como resultado, as chamadas ciências antigas foram desenvolvidas, como a astronomia. Nela, as constelações são parte fundamental para orientação e predição de ciclos.

Com o tempo, o olhar para o céu passou a ser mais científico, embora as denominações das constelações ainda sejam as mesmas do tempo da Grécia Antiga. Ainda é possível utilizar esse conhecimento para marcar as estações do ano, contudo as constelações de Órion e Escorpião indicam sob quais estações encontram-se o Hemisfério Norte e Sul, a depender de sua localização no céu.

Outras constelações só podem ser observadas em certos lugares do planeta, caso do famoso Cruzeiro do Sul para os moradores do Hemisfério Sul. Para os amantes das estrelas, esse é um motivo e tanto para visitar os mais diferentes países. E, com base nisso, criou-se todo um ramo turístico: o astroturismo. Essa área do turismo é focada na prática da observação de estrelas, planetas, eclipses e corpos celestes em geral.

Embora a prática já seja bem disseminada entre estudantes do assunto, agora um público mais geral passou a se interessar em admirar as belezas do céu noturno. Para o sucesso da prática, algumas condições são necessárias: lugares de pouca poluição atmosférica e luminosa, afinal as luzes de cidades próximas interferem na observação, além de muita altitude e condições climáticas favoráveis.

Além de toda a beleza envolvida, esse movimento tem sido especialmente importante para a conscientização quanto aos malefícios da poluição. Por essa razão, o astroturismo está bem perto do turismo ecológico. E por se dar em locais mais afastados de grandes centros e de natureza mais presente, se faz necessário que o visitante também zele pela sustentabilidade e pela preservação ambiental desses locais e ecossistemas.

O Brasil conta com poucos roteiros, mas bem destacados, neste cenário. O Parque Estadual dos Três Picos, em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, conta com uma extensa área de mata, o que ajuda na observação do céu. Diz-se que de lá é possível ver a “faixa leitosa” da Via Láctea. Como o Brasil possui uma poluição luminosa maior que a da Europa toda, o que impossibilita ver a galáxia, esse roteiro se destaca em meio aos outros.

São Paulo, a cidade mais poluída do país, tanto em termos atmosféricos como luminosos, ainda assim possui um ponto de observação. No meio da Serra da Mantiqueira, um dos pontos mais altos do país, a cidade de São Francisco Xavier é um refúgio dentro do estado capaz de proporcionar uma ótima observação do céu noturno por conta do seu afastamento da megalópole.

A cidade de Amparo, também no estado de São Paulo, possui um Polo Astronômico, que tem atraído muitas pessoas para a região. É possível conferir, no telescópio que tem sido aberto ao público e também no planetário, tudo aquilo que o céu tem para mostrar, até mesmo as crateras lunares. A duas horas da capital, o passeio acontece em horários programados, mas que podem ser cancelados, a depender das condições climáticas.

Ao redor do mundo, muitos outros lugares se destacam no astroturismo. Na América do Sul, o deserto do Atacama possui diversos observatórios, e é um dos locais mais procurados no mundo para essa atividade. O continente africano reserva lugares incríveis, como a Reserva Natural NamiBrand, na Namíbia, cujo cenário parece ser intergalático. Na Europa, principalmente no Norte, a atração fica por conta das auroras boreais na Noruega.

Para quem deseja conhecer mais, é possível desbravar diversos destinos aqui mesmo no Brasil, mesmo que não se conheça muito dos mistérios do céu. Através da locação de veículos, muitos locais podem ser visitados em praticamente todas as regiões, do Sul ao Norte, como o tour astronômico da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, passando pelo Jalapão, no Tocantins, até a observação a olho nu em Foz do Iguaçu.

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