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Ao ver pessoas usando ternos modernos e outras peças de roupas sociais em um aeroporto, é comum associá-las a viagens corporativas, que são aquelas realizadas pelos funcionários de uma organização em nome da empresa. Esse pode até ser o traje de embarque comum a muitos profissionais, mas nem sempre é o único estilo de roupa presente na mala de viagem.
Isso porque a chamada bleisure tem se tornado uma tendência no mercado corporativo, mudando a experiência de quem realiza o turismo de negócios. Em linhas gerais, o conceito sugere uma agenda menos rígida aos executivos, flexibilizando o roteiro do profissional e abrindo a oportunidade para a inclusão de outras atividades turísticas durante o período de viagem.
O turismo bleisure tem crescido nos últimos anos, principalmente, após a consolidação do home office e a procura por um maior equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. Segundo dados da Phocuswright: Global Travel Market Research Company, 64% das pessoas entrevistadas estendem suas viagens de trabalho por lazer, sendo que 60% desses viajantes costumam prolongar o prazo acompanhados de outra pessoa.
O conceito torna o compromisso de trabalho menos cansativo e possibilita uma série de benefícios para funcionários e empresas. A viagem tona-se mais produtiva, oferecendo oportunidades de enriquecimento cultural e aumento de network.
O que é bleisure?
O conceito bleisure é a combinação de dois termos em inglês: business e leisure, que em tradução livre significa negócios e lazer. Sendo assim, essa tendência no turismo empresarial nada mais é do que uma viagem em que se pode unir compromissos do trabalho com atividades de descanso e entretenimento.
Dessa forma, além dos trajes sociais, os colaboradores também conseguem incluir outras peças de roupas na mala e, dependendo do destino, até os shorts de praia são bem-vindos.
Na prática, os profissionais podem estender a viagem de trabalho para aproveitar os atrativos do destino que foram visitar enquanto representantes da empresa. Além disso, podem usar o tempo livre para “turistar”, explorando a cidade, conhecendo a cultura e provando mais da culinária local.
Geralmente, a estadia é ampliada para os finais de semana. Dessa forma, não há prejuízo para as atividades laborais, mas isto não é uma regra. Vale lembrar que, na adesão desse tipo de conceito, precisa existir um alinhamento entre os funcionários e a empresa para estabelecer quais serão as despesas de cada um.
Quais os benefícios que pode trazer para a organização?
De acordo com a pesquisa Global Travel Market Research Company, 61% dos entrevistados disseram que o bleisure as deixam mais produtivas para trabalhar. O impacto no desempenho mostra os benefícios da prática para profissionais, que se tornam mais motivados, e as organizações, que colhem as vantagens da melhora do desempenho.
A maior satisfação contribui para aumentar o engajamento dos profissionais durante os eventos corporativos. Seja com vestidos sociais ou trajes de banho na mala, quem usufrui de viagens de trabalho que permitem essa flexibilidade também adquire um equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, proporcionando ganho em bem-estar e saúde mental.
Diferentes pesquisas mostram que uma empresa que oferece um ambiente positivo e proporciona mais conforto a sua equipe pode apresentar melhores resultados. Segundo a Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), funcionários utilizam apenas 8% de sua capacidade de produção em ambientes desmotivadores. Por outro lado, nos locais que buscam criar um espaço mais positivo, o percentual aumenta para 60%.
Outro estudo, realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), revelou que a falta de saúde mental e bem-estar dos trabalhadores pode causar perda no faturamento da organização. Neste contexto, o bleisure pode ser a alternativa para que profissionais e organizações encontrem o equilíbrio entre resultados e motivação.
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