Assim que acabou a Copa do Mundo do Qatar, a Fifa anunciou que o seu novo torneio de clubes terá um novo formato a partir de 2025. Dos atuai...
Assim que acabou a Copa do Mundo do Qatar, a Fifa anunciou que o seu novo torneio de clubes terá um novo formato a partir de 2025. Dos atuais sete participantes, a competição passará a ter 32 equipes e deverá ser realizada de quatro em quatro anos, assim como já acontece com o Mundial de Seleções.
Apesar de inovador, o modelo proposto
pela entidade traz alguns desconfortos para as federações continentais e para
os próprios clubes. Além do inchaço de times e da falta de espaço no calendário
atual que incomodam os europeus, o desequilíbrio técnico que pode ocorrer com a
presença maciça dos gigantes do Velho Mundo assusta os sul-americanos e demais
concorrentes.
Mas será que é preciso realmente
temer os representantes da Europa como se fossem um bicho papão ou pode ser
essa uma oportunidade de mostrar que o futebol brasileiro ainda é capaz de
bater de frente com qualquer um?
Para efeito de comparação, desde
1960, quando foi realizada a primeira edição da Copa Intercontinental, que
durante décadas foi considerada o campeonato mundial de
clubes,
Brasil e Argentina estão entre os países que mais vezes tiveram uma equipe
campeã. Sendo assim, apostar no título de um time da América do Sul não seria
um grande absurdo.
Ao longo desses 62 anos de história,
outras nove nações comemoraram a conquista de seus clubes, seja na Copa
Intercontinental ou no Mundial de Clubes da Fifa. Independentemente do formato,
o equilíbrio sempre foi uma das principais características dessas competições.
Espanha
Donos de 11 títulos, os espanhóis soltaram o grito de campeão apenas quatro vezes nos tempos de Copa Intercontinental (de 1960 a 2004), levantando a maior parte de seus troféus já durante a era Fifa (a partir de 2005). Desse total, apenas três clubes ibéricos ganharam a competição: Real Madrid (1960, 1998, 2002, 2014, 2016, 2017 e 2018), Barcelona (2009, 2011 e 2015) e Atlético de Madrid (1974).
A
Espanha ainda foi finalista em outras quatro oportunidades, nas quais o Real
foi vice para o Peñarol (1966) e o Boca Juniors (2000), e o Barça perdeu para o
São Paulo (1992) e o Internacional (2006).
Brasil
Segundos maiores vencedores do
campeonato mundial de clubes, os brasileiros conquistaram a competição dez
vezes, sete no período da Copa Intercontinental. O recordista é o São Paulo,
com três troféus (1992, 1993 e 2005), seguido pelo Santos (1962 e 1963) e o
Corinthians (2000 e 2012). Flamengo (1981), Grêmio (1983) e Inter (2006)
completam a lista.
O Brasil ainda detém o segundo maior
número de finais disputadas, com 20 ao todo. Além das dez conquistas, os clubes
nacionais que ficaram em segundo lugar foram o Cruzeiro (1976 e 1997), Grêmio
(1995 e 2017), Vasco da Gama (1998 e 2000), Palmeiras (1999 e 2021), Santos (2011) e Flamengo
(2012).
Argentina e Itália
Atuais campeões continentais
de seleção, argentinos e italianos dividem a terceira posição com nove conquistas
cada. Pelo lado sul-americano, seis equipes compartilham essa honraria, sempre
antes do modelo Fifa: Racing (1967), Estudiantes (1968), Independiente (1973 e
1984), Boca Juniors (1977, 2000 e 2003), Vélez Sarsfield (1994) e River Plate
(1986).
Já os europeus faturaram o Mundial
com a Internazionale (1964, 1965 e 2010), Milan (1969, 1989, 1990 e 2007), e
Juventus (1985 e 1996). O desempate entre Argentina e Itália pode ser feito
pelo número de vices: 13 a 6 para os Hermanos.
Uruguai
Para completar a lista, os uruguaios
e suas seis conquistas colocam três sul-americanos entre os cinco países que
mais venceram o Mundial de Clubes. Foram três conquistas do Peñarol (1961, 1966
e 1982) e outras três do Nacional (1971, 1980 e 1988). Os Aurinegros ainda
foram vices em 1960 e 1987.
Outros
Ao longo de 62 anos de disputa e 61
edições, o Mundial de Clubes teve 35 títulos dos europeus e 26 das equipes
sul-americanas. Enquanto o Paraguai, com o Olimpia (1979), completa o lado da
Conmebol entre os campeões, a Uefa ainda levantou troféus com times da Alemanha
(5), Inglaterra (4), Holanda (3), Portugal (2) e Sérvia (1).
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