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Treinamento realizado pela Bahiater no Vale do Jiquiriçá contribui para redução de custos e armazenamento de ração animal

Treinamento realizado pela Bahiater no Vale do Jiquiriçá contribui para redução de custos e armazenamento de ração animal
A Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater) está promovendo, entre o final de julho e a primeira quinzena de agosto, no município de Maracás, a ação Dias de Campo, voltada para a preparação de silagem de grão úmido, uma forma de armazenamento de alimentos utilizados na ração animal.  

Participam da ação técnicos extensionistas do Programa Estadual Primeiro Emprego, que atuam na Bahiater, no âmbito do Serviço Territorial de Apoio à Agricultura Familiar (SETAF) do Território Vale do Jiquiriçá. O objetivo é tornar esses técnicos multiplicadores de técnicas e conhecimentos, para que cheguem aos agricultores familiares produtores de leite, já que não é possível reuni-los nesse tipo de atividade presencial neste período de pandemia. 

Bruno Andrade, coordenador da Bahiater no Território Vale do Jiquiriçá, explica que, com a silagem do grão úmido, é possível, especialmente para os produtores de leite, adquirir os grãos ainda na época em que eles estão mais baratos e armazená-los, da forma correta, por três ou até quatro anos, devendo usados somente a partir de 45 dias, para aumentar, com o processo de fermentação, a digestibilidade do milho. 

“O milho é um grão muito seco e entra no trato digestório do animal e não sofre todo o processamento que seria o ideal. Com esse processo de fermentação o produtor consegue diminuir para 30% a quantidade de ração. Então, ele ganha porque consegue comprar o milho num período em que o grão está mais barato e na hora de fornecer ao animal, fornece uma quantidade significativamente menor”, ressalta Bruno. 

O processo de silagem inicia com o grão de milho seco moído, que é passado em uma peneira fina e em seguida é hidratado para alcançar cerca de 35 a 40% de umidade. Depois, o milho é colocado em um recipiente limpo, é compactado, coberto com uma lona, e por cima dela areia, para que não entre ar entre o milho e ocorra a fermentação anaeróbica. Por último, a lona é presa com um elástico em volta de todo o recipiente onde está armazenada a silagem, também para não haver entrada de ar. 

“Essa técnica se torna importante pois o leite já teve uma elevação nos preços, além de ser esperado que isto puxe, por tabela, os preços do milho. Assim, o objetivo é fazer com que o produtor possa manter ou elevar sua produção diminuindo os custos com insumos”, destacou Andrade. 

Devido às restrições impostas pela pandemia, o treinamento, que tem duração de 6h, está sendo realizado em duas etapas, com um número reduzido de técnicos. Nessa primeira etapa, foram quatro técnicos. Na primeira quinzena de agosto está prevista mais turma com mais quatro técnicos. 

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