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Influencer Jamil Rocha ex-Mc Jamil, virou DJ do Tonzão Chagas, ex Hawaianos

Influencer Jamil Rocha ex-Mc Jamil, virou DJ do Tonzão Chagas, ex Hawaianos
Divulgação
No sexto mês de gestação minha mãe me deu a luz. Ao nascer passei meus dois primeiros meses de vida em uma encubadora. Apesar de ter nascido no dia 23/09/93, só fui registrado no dia 30/09/93.
Aos 8 meses de vida fui entregue ao meu pai para que ele pudesse me criar. Desde então estava sendo criado pelo meu pai e minha madrasta.
Vivi ao lado deles até meus 6 anos de idade, quando houve a perda do meu pai.
Ao perder meu pai eis que minha mãe me pegou de volta e passei a morar com ela e meu padrasto. Foi um momento de adaptação para mim, com a nova casa, nova rotina.
Pelo fato de nunca ter morado com minha mãe eu nunca soube de fato como era uma relação de mãe e filho,  mas aprendemos a conviver e nos amar como mãe e filho.
Ainda me adaptando com tudo, comecei a estudar. Sim, comecei a estudar aos 6 anos,  pois até então eu era uma criança que não sabia ler, nem escrever. 
A cada dia que nascia eu aprendia uma coisa nova que fosse na escola ou em casa com ela e então passei a admirá-la e ter muito mais amor. Anos e anos se passaram.
Chegando aos meus 15 anos, “auge” da adolescência,  curtindo a vida, fui á uma igreja com minha mãe, onde ela teve uma oportunidade e a usou para pregar, cantar e ministrar a palavra de Deus para muitas vidas que ali estavam presentes e até mesmo para quem estava fora daquela igreja pois sabemos que quando Deus quer Ele faz com que a palavra dEle chegue em qualquer lugar.
Influencer Jamil Rocha ex-Mc Jamil, virou DJ do Tonzão Chagas, ex Hawaianos
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Logo após o término do culto, estávamos indo para nossa casa, minha mãe, eu, e uma terceira pessoa. E então, que fomos surpreendidos por um desmaio.
Minha mãe desmaiou e eu pedi a essa terceira pessoa que a pegasse no colo e a lavasse para casa.
Chegando em casa, ela ainda desmaiada, fizemos com que ela cheirasse álcool na desesperadora tentativa de fazê-la voltar a si mas infelizmente não funcionou, que foi aonde liguei para o meu padrasto e ele se deslocou até em casa para levá-la ao médico, onde passou por um processo de observação.
Ao acordar, conversou com minha tia que era enfermeira e por sorte estava de plantão no dia e pode acompanhar o caso.
Um dia se passou e ela ainda continuara naquele leito, começou a vomitar sangue e nenhum dos médicos presente naquele hospital sabiam dar um diagnóstico sobre a saúde dela.
No segundo ou terceiro minha mãe veio a óbito. Minha tia (a enfermeira) e os médicos ainda sem saber do que se tratava ficaram sem entender o real motivo que ocasionou o óbito dela.
Me lembro como se fosse hoje, eu com 15 anos de idade trabalhando em uma oficina de bicicletas ao lado da casa da minha avó meu padrasto me chamou e disse que tinha uma notícia mas que não era boa para me dar, sendo que passei a manhã inteira incomodado, não me sentia bem pelo o que tinha acontecido com minha mãe, estava muito pensativo com o coração nas mãos.
E eu com um biscoito na mão joguei fora e respondi que ele podia me dizer, foi aonde ele veio com os olhos cheios de lágrimas dizendo que minha mãe havia falecido.
Naquele momento eu não disse nada, apenas entrei na casa da minha avó, me dirigi ao banheiro e disse: ” E agora Jesus, o que será de mim Pai? O que eu vou fazer? “.
Eu já não sabia mais o que fazer depois dessa triste notícia, mesmo sem saber orar e clamar a Deus, eu orava e pedia para Deus força, eu só sabia orar e clamar por forças.
Então que começou os pensamentos ruins, onde pensei em voltar para o bairro que eu morava e virar traficante, seguir minha vida sozinho pois eu já não tinha mais Pai e Mãe, então não teria mais nada a perder.
Passaram-se um ou dois dias e houve o sepultamento da minha mãe, onde fizeram contato com minha irmã Deise perguntando se ela queria me adotar e ela não pensou duas vezes respondendo: ” Onde come 1, come 2, come 3. Ele pode vir morar aqui sim”.
Nesse meio tempo ela ainda residia em Miracema no Rio de Janeiro, e eu me questionava sobre morar com ela pois havia anos que não nos víamos e de repente eu tive a necessidade de morar com ela.
Eu comia e bebia das mesmas coisas que os filhos dela, recebia o mesmo amor, carinho e atenção que todos recebiam e sou muito grato a Deus pela vida dela.
No decorrer dos anos tive a oportunidade de ser gerente do tráfico de drogas, e mesmo que lá trás eu tivesse pesando em ser traficante por ser órfã de pai e mãe, naquele momento não deixei com que isso se transformasse em uma desculpa para que eu pudesse me envolver no tráfico e mesmo ouvindo de pessoas que eu tinha disposição para isso não deixei me levar pelas palavras e muito menos pelo dinheiro.
Nos mudamos para Santo Antônio de Pádua, Rio de Janeiro, e hoje resido em Belo Horizonte junto a um casal maravilhoso que me acolheram com sua infinita bondade, Daniel Luz e Lucilene Silva, e eu só tenho á agradecer a eles por tudo e a Deus pela vida deles.
Com a ajuda de Deus e de pessoas que me amam hoje eu estou aqui e mesmo sendo órfã de pai e mãe vivo uma vida feliz, direita, na presença do espírito santo servindo ao Senhor Jesus e não tenho do que reclamar.
Tenho uma família que se orgulha de mim, fãs que admiram meu trabalho. Eu sou um sobrevivente e tenho muito orgulho de ser quem eu sou, por ter batalhado para estar onde eu estou.

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