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Recital, poesia e música deu o tom da abertura da Fliu em Uauá

Manuela Cavadas
Na noite desta quinta-feira (14), na abertura da Festa Literária de Uauá – Fliu. O público da cidade, com pouco mais de 24 mil habitantes, abriu as portas para os amantes das artes, da cultura popular e do sertão.  Na cerimônia de abertura, a Fliu contou com a presença do secretário estadual de educação, Jerônimo Rodrigues, o curador da festa, Maviael Melo, o prefeito da cidadeLindomar Dantas e o deputado estadual Zó, da região de Juazeiro.

primeira noite com o recital de Manoel Netohomenageado da Fliu e a mesa “Dois dedos de prosa e um tanto de poesia” com António Marinho e Lirinha, deu o tom da Festa. Com de mais de 200 pessoas presentes e transmissão ao vivo pelo YouTube, Maviael Melomediador da mesa, iniciou o encontro com uma poesia, que como ele citou “escrita na correria”  mas que exemplifica muito bem o que esperar da mesa. “Com alguns dedos de prosa; De uns doidos por poesia; Assim a FLIU se inicia; Nessa sala primorosa; Lirinha traz numa rosa; O cheiro bom do caminho; Encanto e verso Marinho; É poesia em movimento; Para alinhar o pensamento”, declamou o curador.

Lirinha trouxe um pouco da sua história na poesia iniciada aos 12 anos e logo depois a sua passagem pelo teatro e a união dessas duas artes tornou-se o artista que é hoje. Marinho contou um pouco da história da poesia da região, versão um pouco mais de cantador e outra mais acadêmica, com a história João Nunes da Costa, que fugiu da cidade do Recife, com sua família de poetas, no século XVII, sendo a família fundadora da Serra de Teixeira e a partir desta família os primeiro cordelista começam a surgir na região.

Os convidados ressaltaram a importância da cultura popular, como a poesia é resistência e a necessidade de incluir o repente, o cordel, a poesia de região na formação do estudante e no meio acadêmico. “A literatura oral não está na nos livros oficiais da literatura brasileira”, pontuou Lirinha, fazendo relação com necessidade de falar dos grandes poetas como Castro Alves, mas também de poetas locais como Fabião das Queimadas, escravo nascido na Lei do Ventre Livre que comprou a euforia de sua mãe com dinheiro das suas poesias.

A contação de histórias dos convidados foi só começo, poesia, cordel e música complementaram a programação. O palco montado na praça central da cidade recebeu os artistas Nilton Freittas, Josyara e o grupo Em Canto e Poesia, no qual Marinho integra juntamente com os dois irmãos.

Fliu é uma realização da Uauá Projetos Criativos e da Prefeitura de Uauá, idealizada por Mercia Beatriz com coordenação e produção de Ellen Ferreira, Lorena Ribeiro e Antônio Nikiel, com curadoria de Maviael Melo.

O evento tem patrocínio do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Turismo/Bahiatursa, Secretaria de Desenvolvimento Rural/CAR, Secretaria de Educação e da Secretaria de Cultura/Fundação Pedro Calmon, além do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (COOPERCUC) e do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA).

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