A OMS atribuiu ao abuso de álcool mais de 5% da carga mundial de doenças que comprometem o funcionamento do cérebro e afetam vários outr...
“No fígado, o alcoolismo pode causar acúmulo de gordura, hepatite e cirrose, que comprometem o funcionamento do órgão devido a lesões prolongadas. O pâncreas e o estômago também podem desenvolver doenças crônicas, como pancreatite, gastrites e úlceras. Já o coração tende a ser afetado pela elevação dos índices de colesterol, hipertensão, entre outras disfunções”, explica Toufik.
Os riscos para o cérebro são extremamente perigosos, podendo levar a deterioração cognitiva, distúrbios mentais e, no sistema nervoso, a uma doença ainda pouco divulgada: a polineuropatia alcóolica.
Entenda
A polineuropatia alcóolica acomete principalmente adultos, após os 40 anos, e idosos, sendo até quatro vezes mais incidente em homens. A complicação surge de um alcoolismo grave e crônico, “o alcoólatra tende a alimentar-se mal e a bebida por si só já inibe a absorção de diversas vitaminas e nutrientes, o que gera deficiência da vitamina B1 e carência de tiamina. Essa insuficiência prejudica o Sistema Nervoso Periférico”, esclarece Dr. Rahd.
Os sintomas vão desde fraqueza, dor e sensação de formigamento ou dormência nas mãos, pés e membros inferiores no geral, a dores noturnas, câimbras e perda sensorial das extremidades e são constantemente ignorados.
Além da suspensão imediata do álcool, suporte no abandono ao vício e administração de anticonvulsivantes ou antidepressivos para combater a dor neuropática, a reposição da tiamina é fundamental para evitar a progressão da perda de mielina no nervo. O especialista alerta que a recuperação vai depender muito do tipo e quantidade de fibras lesadas e que o acompanhamento neurológico é fundamental para esse diagnóstico.
Na reposição da tiamina, conhecida também como vitamina B1, a benfotiamina, opção lipossolúvel, consegue ser mais facilmente absorvida pelo organismo, apresentando melhores resultados no curto prazo, penetrando diretamente na célula, sem necessidade de transportadores, com um aproveitamento 15 vezes melhor e ação medicamentosa 10 vezes mais potente.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), em seu Relatório Global sobre Álcool e Saúde 2018, aponta uma redução no consumo de álcool pela população brasileira em 2016, de 7,8 L de álcool puro, em relação a 2010, que era de 8,8 L de álcool puro. Com isso, o país está abaixo da média da região das Américas (8L de álcool puro per capita); porém maior do que a média mundial (6,4 L).
Sobre Mantecorp Farmasa
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Por CRM do médico: Toufik Rahd (CRM 61.760 SP).
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