Entre 2021 e 2022, o setor de serviços na Bahia registrou crescimento tanto no número de empresas formais quanto no de trabalhadores, que atingiram seus patamares mais altos, para o estado, nos 16 anos da série histórica recente da Pesquisa Anual de Serviços (PAS) do IBGE, iniciada em 2007.
De um ano para o outro, também houve avanço nominal (sem descontar a alta de preços) da receita bruta dos serviços no estado, o que fez a Bahia voltar a ganhar participação na receita bruta total do setor no Nordeste, após dois anos de quedas.
Em 2022, atuavam na Bahia 57.209 empresas formais de serviços não financeiros, 14,8% a mais do que o verificado em 2021, o que representou mais 7.391 empresas de serviços no estado, de um ano para o outro. O avanço veio após a redução de 0,8% registrada na passagem de 2020 para 2021.
Foi o segundo maior aumento, tanto em termos absolutos (+7.391) quanto percentuais (+14,8%), nos 16 anos da série histórica do IBGE e levou o setor empresarial de serviços baiano ao seu tamanho recorde no período.
No Brasil como um todo, também houve crescimento no tamanho do setor de serviços, de 1.493.688 empresas ativas em 2021 para 1.639.630 em 2022, número recorde nos 16 anos da série histórica, com mais 145.942 empresas ou +9,8% em um ano. Das 27 unidades da Federação, 22 viram o setor se expandir nesse período.
O aumento absoluto no número das empresas formais de serviços na Bahia (+7.391) foi o 6º maior dentre os estados. São Paulo (+71.661), Minas Gerais (+12.991) e Rio de Janeiro (+10.609) tiveram os saldos mais positivos, enquanto Paraná (-1.022), Rondônia (-537) e Tocantins (-170) registraram as quedas absolutas mais profundas.
Apesar do aumento no número de empresas de serviços frente a 2021, a Bahia manteve, em 2022, o 8º lugar entre os estados nesse indicador, posição para a qual havia caído em 2021, após ter passado toda a série histórica, até então, com o 7º maior quantitativo, tendo sido superada por Goiás (57.387 empresas em 2022).
A Bahia sustentou também a liderança no Norte-Nordeste, que ocupa desde o primeiro ano da série histórica do IBGE. São Paulo (598.310 empresas em 2022), Minas Gerais (174.101) e Rio de Janeiro (138.246) lideram o ranking nacional.
Em 2022, número de trabalhadores nas empresas de serviços também cresce (+6,0%) e chega a recorde na Bahia: 580.819
Na esteira do saldo positivo no total de empresas ativas, entre 2021 e 2022 houve crescimento no número de pessoas trabalhando no setor de serviços baiano, que também atingiu seu maior patamar, no estado, nos 16 anos de série da PAS.
Ao fim de 2022, 580.819 pessoas estavam ocupadas nas empresas formais de serviços baianas, 6,0% a mais do que em 2021, quando havia 547.757 pessoas empregadas. Isso correspondeu a mais 33.062 trabalhadores em um ano. Foi o segundo aumento anual consecutivo do pessoal ocupado no setor, na Bahia.
No país como um todo, também cresceu o número de pessoas trabalhando no setor empresarial formal de serviços, de 13,403 milhões para 14,203 milhões de pessoas ocupadas, entre 2021 e 2022 (+5,8% ou +773.130 trabalhadores).
Só 2 das 27 unidades da Federação tiveram diminuições no número de trabalhadores nos serviços, entre 2021 e 2022: Espírito Santo (-4.450) e Santa Catarina (-2.434). Por outro lado, os maiores avanços absolutos ocorreram em São Paulo (+273.102), Minas Gerais (+86.808) e Goiás (+68.036). A Bahia teve o 8º maior aumento.
A Bahia manteve, assim, em 2022, o 7º maior número de pessoas empregadas nas empresas formais do setor de serviços, entre os estados, sustentando a liderança do Norte-Nordeste. São Paulo (5,023 milhões de pessoas ocupadas), Minas Gerais (1,392 milhões) e Rio de Janeiro (1,344 milhões) têm os maiores contingentes.
Serviços profissionais e administrativos e transporte rodoviário têm os maiores aumentos no nº de empresas e de trabalhadores, entre 2021 e 2022
O crescimento tanto do tamanho quanto do emprego no setor empresarial formal de serviços na Bahia, entre 2021 e 2022, foi puxado pelas atividades de serviços profissionais, administrativos e complementares e transporte rodoviário.
As empresas de serviços profissionais, administrativos e complementares (que incluem aquelas de seleção, agenciamento e locação de mão de obra; agências de viagens e operadoras de turismo; serviços de vigilância, segurança e transporte de valores; serviços diversos prestados às empresas, entre outros) foram as que mais se multiplicaram. Passaram de 19.022, em 2021, para 24.270, em 2022, num crescimento de 27,8% ou mais 5.248, em termos absolutos, em um ano.
Elas constituem o segmento mais representativo dentre os serviços empresariais formais baianos, com 42,4% do total de empresas do setor.
Já as empresas de transporte rodoviário passaram de 3.737 para 4.975, no período (+33,1% ou +1.238), e puxaram a alta do grupo transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (+22,5%, chegando a 6.064 empresas em 2022).
Por sua vez, as maiores quedas absolutas no número de empresas ocorreram entre os serviços de manutenção e reparação (de veículos; equipamentos de informática; e de objetos pessoais e domésticos), de 3.234 para 2.778 (-456, ou -14,1%); e os serviços de informação e comunicação, de 3.763 para 3.536 (-227 ou -6,0%).
Os serviços profissionais e o transporte rodoviário também puxaram o aumento de pessoal ocupado no setor de serviços, na Bahia, entre 2021 e 2022, com mais 20.243 e 9.230 trabalhadores em um ano, respectivamente.
Os serviços profissionais têm o maior número de empregados no setor empresarial de serviços da Bahia: 263.150 pessoas, em 2022, respondendo por 45,3% do pessoal ocupado total.
Já o transporte rodoviário, com 80.368 trabalhadores, é quem mais emprega no grupo transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios, que tinha um total de 109.260 pessoas ocupadas, em 2022, na Bahia.
Nesse grupo estavam as duas atividades que mais perderam trabalhadores frente a 2021: armazenagem e serviços auxiliares aos transportes (-3.597 pessoas ocupadas, chegando a 17.854) e outros transportes (-47 pessoas ocupadas, chegando a 5.094).
Com alta em 2022, Bahia volta a ganhar participação na receita bruta dos serviços no Nordeste, mas ainda tem maior redução frente a 2013
Com os crescimentos nos números de empresas e de empregos gerados, o setor empresarial formal de serviços baiano teve, em 2022, um segundo aumento nominal (sem descontar a alta de preços) consecutivo na receita bruta gerada.
Ela ficou em R$ 90,193 bilhões, um novo recorde na série histórica e 31,8% maior do que a de 2021 (que havia sido de R$ 68,431 milhões).
Percentualmente, o crescimento da receita bruta dos serviços na Bahia (+31,8%) foi o 4º maior entre as unidades das Federação, ficando abaixo apenas dos verificados em Alagoas (+37,9%), Rio Grande do Norte (+34,8%) e Goiás (+32,2%). Em termos absolutos, o avanço baiano (+R$ 21,762 bilhões) foi o 7º maior, num ranking liderado por São Paulo (mais R$ 293,487 bilhões), Rio de Janeiro (mais R$ 59,193 bilhões) e Minas Gerais (mais R$ 52,489 bilhões).
No Brasil como um todo, a receita bruta das empresas formais de serviços teve aumento nominal de 26,5% entre 2021 e 2022, de R$ 2,348 trilhões para R$ 2,971 trilhões (mais R$ 622,511 bilhões). Todos os estados registraram altas.
Desde 2012, a Bahia se mantém com a 7ª receita bruta de serviços no país e a maior do Norte-Nordeste. Ao longo de toda a série, São Paulo (R$ 1,346 trilhão em 2022), Rio de Janeiro (R$ 317,3 bilhões) e Minas Gerais (R$ 235,0 bilhões) lideram no Brasil.
O avanço, de 2021 para 2022, fez a Bahia voltar a ganhar participação na receita bruta dos serviços do Nordeste, de 30,2%, para 30,8%. O avanço veio após dois anos de perdas. Apesar disso, em dez anos, frente a 2013, quando respondia por 32,7% do total, o estado foi o que mais perdeu participação na região. Ceará (de 15,6% para 18,0%) e Alagoas (de 4,2% para 5,2%) foram os que mais ganharam.
Na Bahia, o grupo de atividades de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio responde por 1/3 de toda a receita bruta das empresas formais de serviços (33,1% ou R$ 29,857 bilhões). Os serviços profissionais, administrativos e complementares ficam em segundo lugar (R$ 28,020 bilhões, 31,1% do total) e foram os que tiveram a maior alta nominal desse valor, frente a 2021 (+47,8%). Já os serviços prestados às famílias têm a terceira maior receita bruta no estado (R$ 14,313 bilhões, ou 15,9% do total).
Em 2022, esses três grupos de atividades ocuparam as primeiras posições no ranking da receita bruta dos serviços baianos pelo segundo ano consecutivo.
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